O sistema imunitário da pele fica enfraquecido sob acção de luz solar intensa, a qual danifica as células da pele e altera o seu material genético. O sistema de reparação da pele não consegue eliminar os graves danos provocados pela radiação ultra-violeta (UV) nas suas células e estas transmitem informações incorrectas para as células filhas. Se esta divisão celular “anómala” não for “travada”, podem ocorrer mutações e originar um cancro da pele, anos mais tarde. Existem diferentes tipos e subcategorias de cancro da pele. O mais perigoso é o melanoma maligno.
Os outros cancros da pele (não-melanoma) não são tão graves, mas são 10 vezes mais frequentes que o melanoma maligno. As áreas da pele mais expostas ao sol são as mais afectadas. Estas incluem o rosto, orelhas, dorso das mãos e, nos homens, as zonas de calvície.
Agora que, a temperatura subiu acima dos 20 graus e que, os dias de sol convidam a passeios ao ar livre ou idas à praia, é essencial lembrar os cuidados a ter com a exposição solar, para que os momentos felizes de lazer não se transformem, futuramente, em graves problemas de saúde.
- Exposição ao sol (insolação): A exposição súbita, intensa e directa ao sol deve ser evitada, em qualquer circunstância. É aconselhável evitar a exposição directa à luz solar, particularmente, entre as 12 e as 16 horas e, idealmente, entre as 11 e 17 horas, nos dias de maior intensidade das radiações UV.
- Protector solar: O protector solar deve ter factor de protecção elevado (nunca inferior a 30) e oferecer protecção tanto para raios UVA como UVB. O protector deve ser aplicado meia hora antes da exposição solar e a aplicação repetida, a cada duas horas.
- Sombra: Nunca esquecer que, num ambiente aberto, como na praia, mesmo sob a protecção de um guarda-sol, pode estar sujeito a queimaduras solares, devido aos raios UV reflectidos, a menos que sejam tomadas medidas adicionais de protecção (uso de protector solar). Da mesma forma, os raios solares atravessam as nuvens em quantidades significativas e, portanto, ainda há uma tendência para a pele se queimar, mesmo, nos dias nublados de primavera ou verão.
- Roupa: As roupas proporcionam a melhor protecção contra a luz solar intensa. Roupas de manga curta são melhores que sem manga e, idealmente, de manga comprida. O tecido deve ser, preferencialmente, de malha apertada. É conveniente usar um chapéu de abas largas e óculos de sol escuros com protecção de UV máxima. Actualmente já é possível encontrar no mercado roupas para as crianças, incluindo fatos de banho, com índice de protecção 50 + (tipo de malha ou com protector solar impregnado).
- Tipo de pele: A regra deverá ser, acostumar a pele aos raios solares, de forma gradual. Uma pele que bronzeou gradualmente e de modo contínuo, consegue suportar os raios UV até 10 vezes melhor do que uma pele não bronzeada. Todas as pessoas devem saber, também, o tempo de protecção pessoal específico que se aplica ao seu tipo de pele (varia, de acordo com a tonalidade). Por outras palavras, quanto tempo de exposição desprotegida ao sol pode fazer.
Há, sem sombra de dúvida, muitos aspectos salutares relacionados com a exposição solar. Pode ser benéfica para a nossa saúde psicológica e induz a produção de vitamina D, pelo organismo. A vitamina D é de enorme importância para a saúde e, habitualmente, consumimos apenas quantidades limitadas da mesma (a menos que comamos grandes quantidades de certos alimentos, como peixes gordos). No entanto, há claras evidências de que a excessiva exposição solar e as queimaduras solares, durante as férias, estão a provocar um enorme acréscimo de casos de melanoma, principalmente, entre as pessoas de pele clara e com muitos sinais. Para controlar esta tendência alarmante, é fundamental moderar a exposição solar, sobretudo, por parte das pessoas mais vulneráveis.
Para mais informações, consultem: www.euromelanoma.org