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Liberdade aos 42

Liberdade aos 42

29
Nov19

A Liberdade de... A 3ª face


Há muito, muito tempo, não muito longe daqui, uma águia forasteira reuniu os pássaros de uma floresta e anunciou-lhes as boas novas.

Uma jovem princesa pretendia, como prenda de aniversário, o mais belo passarinho do reino e a águia fora enviada para o encontrar.

A vida do eleito mudaria para sempre. Passaria a viver no conforto do castelo, onde os repastos seriam as mais belas e douradas sementes daquelas terras.

Mas para além da beleza, o vencedor teria de demonstrar inteligência, para que estivesse à altura da posição que iria ocupar. Ser o passarinho da princesa requeria maneiras e compostura.

Por isso, depois de escolher as aves com maior beleza, a águia lançou um desafio.

Dentro de uma garrafa estava uma palhinha seca. Quem a conseguisse tirar sem tocar na garrafa, seria o vencedor.

Todos os pássaros tentaram. Mas os de bico curto desistiram de imediato, por não conseguirem chegar ao fundo da garrafa.

Os de bico comprido enfiaram-no no gargalo mas não conseguiram abri-lo para agarrar a palhinha.

Foi nessa altura que regressou ao grupo um colibri, que se havia afastado depois de ouvir o desafio.

Trazia consigo uma velha casca de noz cheia de água, que derramou para dentro da garrafa. Voltou ao lago uma vez e outra, regressando sempre com a casca de noz cheia de água.

Até que a água da garrafa transbordou e a palhinha ficou a boiar junto ao gargalo.

O colibri, com o seu pequeno bico, facilmente a retirou, perante o pasmo de todos.

E foi o vencedor.

A águia combinou regressar na manhã seguinte para o levar para o castelo.

E todos invejaram a sua sorte.

Passaria a viver dentro das paredes do castelo, a servir a princesa e a satisfazer-lhe os caprichos.


E o colibri foi para o ninho a pensar em tamanha honra.

Nessa noite fugiu.

Que o maior prémio é a nossa Liberdade!

 

Texto da autoria de: A 3ª face

 

25
Nov19

Bolotas...


Pesquisas arqueológicas demonstram que a Bolota foi utilizada na alimentação humana dos primeiros povos da Península. Há vestígios do seu uso na confeção de pão e de uma bebida fermentada, extremamente nutritiva, e que seria comparável à atual cerveja.

 

bolotas.JPGBolotas

 

Quando estive em Monsaraz colhi estas bolotas maravilhosas (super docinhas) e matei saudades dos tempos em que era miúda e ia passar o Natal a casa dos meus avós maternos, no Baixo Alentejo... nessa altura havia muitas azinheiras recheadas de bolotas docinhas! Adorava comê-las cruas ou assadas na lareira...

E vocês... gostam de bolotas?!... ou nunca provaram?!... 

 

24
Nov19

Licor de medronho...


Ainda a propósito de medronhos, hoje, partilho convosco a receita de licor de medronho... espero que gostem!

 

Licor Medronho.JPG

Licor de medronho

 

Licor de medronho

Ingredientes:

  • 300g de medronhos
  • 500ml de aguardente
  • 200g de açucar
  • 300ml de água

 

Preparação:

Colocar os medronhos e a aguardente num frasco de vidro e deixar macerar, em local fresco e escuro, durante 3 a 4 semanas.

Findo o tempo de maceração, colocar a água e o açucar num tacho, levar ao lume e deixar ferver, contar 3 minutos, desligar o lume e deixar arrefecer.

Filtrar a aguardente (através de um passador de rede fina), excluir os medronhos e adicionar a calda de açucar.

Engarrafar o licor e guardar num local fresco e escuro. Deixar repousar 2 semanas antes de consumir.

 

23
Nov19

Bolo de medronho...


Conforme prometido, partilho a receita do bolo de medronho e do doce...

Bolo medronho.JPG

BM_fatia.JPG

 

Bolo de medronho

Ingredientes:

  • 200 g de açúcar
  • 200 g de farinha de trigo com fermento (autolevedante)
  • 50 g de amido de milho
  • 150 g de manteiga amolecida
  • 5 ovos grandes
  • 35 medronhos
  • 1 cálice de vinho do Porto
  • 1 colher de chá de canela em pó
  • 100ml de leite (ou bebida vegetal)

 

Preparação:

Pré-aquecer o forno a 180 º C.

Untar e polvilhar, com farinha, uma forma redonda ou rectangular (20cm de diâmetro ou 20x20cm).

Bater a manteiga com o açúcar até obter um creme esbranquiçado.

Juntar as gemas e continuar a bater.

Adicionar a farinha, o vinho do Porto, o leite e a canela.

Bater as claras em castelo e adicionar à massa, envolvendo-as suavemente.

Deitar a massa na forma e espalhar os medronhos por cima (previamente misturados com o amido de milho).

Levar ao forno por 40 a 45 minutos.

Se o bolo começar a ganhar cor, a meio da cozedura, colocar uma folha de papel de alumínio por cima para este não queimar.


Sugestões:

  • caso não disponham de medronhos ou não apreciem este fruto, podem substituir por mirtilos, framboesaas, amoras ou morangos
  • podem optar por cozer a massas em formas de queques, reduzindo o tempo de cozedura para metade. 

 

Queques e doce_medronho.JPG

 

Doce de medronho

Ingredientes:

  • 300g de medronhos
  • sumo de 1/2 limão
  • 1 pau de canela
  • 100g de açúcar

 

Preparação:

Colocar todos os ingredientes num tacho .

Levar ao lume e mexer regularmente até obter ponto estrada.

Passar o doce por um coador (para eliminar as sementes duras) e servir ou guardar num recipiente de vidro, hermeticamente fechado.

 

Sugestão:

  • acompanha muito bem com queijos curados de paladar intenso, nomeadamente, o queijo da ilha. 

 

22
Nov19

A Liberdade de... O último fecha a porta


Liberdade

 

Felizmente sempre vivi num país livre. Apenas conheço essa realidade.

Para mim liberdade é emitirmos a nossa opinião, lermos os livros, vermos os filmes, interagir e tomar as opções que muito bem entendermos. Sem constrangimentos ou medos. 

Porém, considero que o maior risco é confundir liberdade com anarquismo ou insulto gratuito. Todas as ações implicam respeitar as regras do bom senso, as da sociedade e o princípio do respeitar para ser respeitado.

Este é das primeiras noções que os pais passam aos filhos na sua educação, mas muitas vezes não são seguidos. 

Olhando para trás, assisti à entrada das redes sociais nas nossas vidas, onde surgiu uma nova figura: os perfis sem rosto. São semelhantes à brincadeira de criança de tocar à campaínha e depois fugir. Atuam pela calada, espalham histórias verdadeiras ou falsas, sempre com títulos bombásticos para terem um click ou por e simplesmente a diversão das sensações causadas. Com zero de inocência, aproveitam-se da ausência de filtro e da liberdade sem controlo. 

Por outro lado, o surgimento da Internet trouxe mais acesso, mais informação e ao mesmo tempo maior controlo de tudo aquilo que fazemos. Se somos livres de escolher o que ver, ler ou comprar, deixamos também mais vestígios do que fazemos, fizemos e do que somos. Mesmo que indiretamente, há um histórico ou um algoritmo que nos aviva a memória. A nós e a quem tiver acesso a essa informação.

É paradoxal, mas é a liberdade de hoje em dia.

 

Texto da autoria de: O último fecha a porta

 

21
Nov19

Medronhos...


No sábado, ao início da tarde, fomos colher medronhos em Aljezur...

medronheiro.JPG

medronhos.JPG

 

De volta a casa, foi tempo de pesar os medronhos e decidir o que fazer com eles...

Medronhos.JPG

 

Escolhidas as receitas... coloquei mãos à obra...

Apresento-vos o resultado final:

Bolo medronho.JPGBolo de medronho (exterior)

 

BM_fatia.JPGBolo de medronho (interior)

 

Queques e doce_medronho.JPGQueques e doce de medronho

 

No fim-de-semana publicarei as respectivas receitas!

 

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