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Liberdade aos 42

Liberdade aos 42

17
Fev20

O (meu) Mar...


O MAR produz, em mim, um efeito que não consigo explicar... emociona-me a cada encontro... e já foram milhares, os nossos encontros, ao longo das minhas quatro décadas de existência... mas é, sempre, como se fosse a primeira vez, o primeiro encontro, uma sensação que me transcende... algo Mágico acontece... sinto-me, sempre, acolhida e reconfortada (por ele), de alma lavada e energia renovada... sinto que pertencemos um ao outro... uma atracção que não se explica, apenas se sente... desfruta-se...

 

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Praia de Alvor

 

14
Fev20

A Liberdade de... Mamã Gansa


Quando me pediram uma reflexão sobre liberdade a primeira coisa que me veio à cabeça foi este refrão da canção

“Liberdade, Liberdade, quem a tem chama-lhe sua,

Eu não tenho liberdade nem de pôr o pé na rua”

Felizmente não é bem assim que eu vivo e sou grata por isso.

Embora na minha infância tenha tido falta de liberdade, a liberdade de ir à rua, a liberdade de ir à escola foi-me retirada pela Guerra colonial.   Como todas as guerras, uma guerra estúpida sem sentido.   Posso estar grata por ter tido apesar de tudo liberdade para conhecer outras pessoas, outras culturas, outras paisagens e liberdade para viajar.

Posso dizer que tive uma infância com uma liberdade que poucas crianças hoje terão, Liberdade de brincar na rua, liberdade de trepar às árvores,  liberdade de ir e vir da escola a pé.

Mas a liberdade de que venho a falar até agora é  uma liberdade física por assim dizer.

Contudo existem vários tipos de liberdade. E sim, todos conhecemos, mas por vezes não lhes damos valor. Como a Liberdade de expressão, que me permite dizer as baboseiras que me ocorrerem, ler os livros que eu quero, escrever a minha opinião num blogue sem me preocupar com as consequências. Mas permitir-me-á essa liberdade de expressão dizer tudo o que me ocorre sem pensar duas vezes?

Será correto usar a minha liberdade de expressão para inferiorizar, outras pessoas, os seus valores, as suas  culturas crenças ou memórias???

 É claro que se for para denunciar costumes desumanos talvez faça sentido, afinal a evolução da Humanidade fez-se lutando contra alguns destes costumes, mas ao exercermos a nossa liberdade deveremos entender quando devemos ou não respeitar a liberdade dos outros.

Recordou-se recentemente o drama de Auschwitz.  E uma das polémicas era sobre o respeito ao memorial e das fotos que os turistas tiravam como podem ver aqui. O facto de ser uma realidade longínqua para alguns levou a que tirassem umas fotos descontraídas , talvez porque sem maldade na altura, não entendessem o que aquele local pretende manter vivo. A  memória dos horrores que o  Ser Humano é capaz de infligir aos outros seres humanos. O que estava aqui em causa era que essas pessoas são livres de tirar fotos, mas não de desrespeitar  uma memória que causou tanto sofrimento com essas fotos.

Isso levou-me também a refletir na liberdade de pensamento. Eu costumo dizer que em História não quero  seres “decorantes” quero seres “pensantes”. Costumo dizer que é perigoso não se pensar sobre as coisas, sobre o risco de fazermos o ditado  e entrarmos em Ditadura. Como explicar que o ditado é a ausência da liberdade do pensamento? Recordo-me as juventudes em que os Jovens cresciam a acreditar que tinham a liberdade de humilhar outros e tirar vidas. Choca-me que uma das mais cruéis guardas de Auschwitz tivesse vinte anos quando foi enforcada por crimes à Humanidade.  Ela cometeu-os porque foi privada desde cedo da liberdade de pensar pela sua própria cabeça, porque decorou e acreditou que o que lhe ditaram era o que estava correto. Este é o grande perigo dos ditados,  da ausência de liberdade de pensamento.  Podia ser alguém intrinsecamente com maus ímpetos ou  estes teriam sido originados porque o seu pensamento foi formatado desde cedo, sem liberdade para formatar a sua personalidade?

Mas ainda há outro tipo de liberdade que pouco se fala no nosso país, e esta liberdade financeira, creio que poucas pessoas no nosso país podem sentir que têm liberdade financeira.  Em famílias como a minha em que um dos elementos do agregado familiar necessita de cuidados especiais e o elemento que mais contribuía se encontra em situação de desemprego, confesso que não posso dizer que usufruamos dessa liberdade. E tenho conhecimento de situações bem mais desfavoráveis que a nossa.

Por último, que já me alonguei, há uma liberdade em que cada vez me identifico mais a liberdade de espírito, de viver plenamente cada momento, é uma liberdade das mais valiosas e a não foi a  primeira lição que tive na vida, sobre essa liberdade, mas a mais valiosa foi-me trazida pelo meu filho, quando o vejo feliz a correr, a rodopiar sobre si próprio, a brincar da sua forma particular em que não se importa com o que os rodeiam possam pensar,  a verdade é que ele me tem transmitido essa liberdade de espírito que eu já tinha esquecido, que estava adormecida dentro de mim com a luta pelo diagnóstico, a liberdade de ser a mãe que quero ser para o meu filho, e não a mãe que os outros querem que eu seja.

A liberdade da mãe que “uiva” feliz no carro, porque sente que o seu filho é um ser feliz livre de preconceitos.

Às vezes pensamos que somos livres mas estamos presos a preconceitos e até a memórias ou objetos.

E afinal, a Liberdade é o que sentimos quando nada mais importa quando somos felizes com o que nos rodeia.

Resta-me agradecer o convite da MJP e a liberdade que ela me deu de partilhar este como sua convidada o que para mim foi uma honra.

Mamã Gansa

 

Texto da autoria de: Mamã Gansa

 

13
Fev20

Sobre a Eutanásia...


Ponderei (MUITO) se deveria publicar este texto...

O "debate" sobre a Eutanásia tem estado na ordem do dia, ou seja, muito se tem opinado sobre a temática... agora se este pseudodebate tem sido, realmente, esclarecedor já são "outros quinhentos"... e, a meu ver, NÃO tem sido e passo a explicar porquê...

A esmagadora maioria das pessoas que opina sobre a temática não sabe, na realidade, do que fala e, muitas vezes, vejo "vender" como "verdades absolutas", situações que em nada correspondem à realidade... e é muito lamentável e, sobretudo, muito perigoso que tal aconteça...

Considero, no entanto, que a maioria o faz por mera ignorância (falta de conhecimento) e, a esses, dou "o benefício da dúvida", porque se trata de uma questão deveras complexa (não o acto, em si, mas as circunstâncias em que o mesmo se processa), que carece de acesso a informação fidedigna e de fácil compreensão... mas, infelizmente, outros há que, deliberadamente, ludibriam o cidadão comum para servir determinados interesses políticos... porque, lamentavelmente, esta temática tornou-se demasiado politizada...

É um debate que não é novo para mim... fi-lo variadísimas vezes ao longo da última década, em contexto profissional, nos mais variados fóruns de discussão...

Tenho opinião formada sobre o assunto, enquanto cidadã/utente, que já expressei aqui e reitero, ao dia de hoje:

Apesar de paliativista, assumida e convicta, não defendo que os cuidados paliativos devam constituir a única opção... defendo, sim, o livre acesso a cuidados paliativos, a todas as pessoas que deles precisem e os aceitem receber... no entanto, admito que, mesmo, com recurso a estes cuidados, algumas pessoas possam manifestar vontade de pôr termo à sua vida e, para esses, deverá haver opção, mediante critérios bem definidos, obviamente...

Eu sou favorável à decisão individual, livre e esclarecida (e, sublinho, esclarecida) sobre o destino a dar à própria Vida...

No entanto, as várias propostas, dos diversos Partidos Políticos, favoráveis à despenalização da Eutanásia, que podem consultar aqui, de forma resumida, suscitam-me algumas dúvidas, nomeadamente, no que se refere ao local onde se poderá praticar o acto...

Confesso que, apesar de ser favorável à despenalização da Eutanásia, se fosse deputada e tivesse de votar as várias propostas de Lei, votaria contra, porque considero que tal prática deverá ocorrer num único local, devidamente criado para o efeito, com uma equipa de profissionais devidamente qualificada para a realização de tal prática. A meu ver, seria uma forma de controlar melhor todo o processo e evitar falhas ou desvios procedimentais. Tendo em conta a dimensão do nosso país e o número de pessoas que prevejo venham a aceder a tal pedido (uma ínfima minoria), creio que centralizar o procedimento num único local seria perfeitamente ajustado.

Também não sou favorável à realização de um referendo porque considero que seria um acto leviano e perigoso, dada a falta de conhecimento da generalidade da população votante, pois não se trata, apenas, de colocar a cruzinha no "sim" ou no "não"...

 

11
Fev20

1 ano de "Vida blogosférica"...


E, para quem não sabe, foi assim que tudo começou há, precisamente, um ano...

Estava longe de imaginar que este espaço de Liberdade partilhada me permitiria conhecer Pessoas Maravilhosas, que se tornaram parte da minha Vida... tem sido uma deliciosa aventura, repleta de emoções, cujo balanço é francamente positivo...

Muito Obrigada a todos quantos têm a amabilidade e gentileza de dedicar algum do seu tempo a ler (e comentar) o que vou partilhando... espero que se sintam sempre bem-vindos e devidamente acolhidos nesta minha casa que, também, é vossa... 

Sejam Felizes e contribuam para a Felicidade alheia... espalhem (o vosso) AMOR pelo Mundo!

 

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Um lugar de Paz e tranquilidade... onde me sinto em casa!

 

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