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Liberdade aos 42

Liberdade aos 42

10
Abr20

A Liberdade de... Isa Nascimento


Quando, na primeira semana de março, a Zé me convidou para participar na sua rubrica “A Liberdade de...” que publicaria em abril, aceitei a oferta de imediato e com imensa gratidão, pois acho esta partilha do seu blogue muito especial e reveladora da pessoa extraordinária que é a sua anfitriã. E, como tudo acontece no momento certo, este presente da Zé, sem ela saber, foi-me oferecido precisamente no mês do meu aniversário… Eu estaria no lugar certo, na hora certa, com a oportunidade de falar sobre um tema apaixonante. Nada poderia correr mal.

 

As ideias começaram a fervilhar na minha mente, indo e vindo ao sabor do tempo livre, e logo decidi que partiria da afirmação:

“Liberdade é poder escolher.”

 

Desde bem jovem que tenho esta convicção. Eu teria gostado de não ter de usar sutiã tão cedo, de poder vestir-me toda de preto sem levar na cabeça da minha mãe, de poder ir jogar matraquilhos quando quisesse… Apesar disso, vendo agora retrospetivamente, até nem posso queixar-me muito, pois pude estudar o que quis e onde quis, casar quando entendi e tomar as minhas decisões profissionais sem prestar contas a ninguém.

Contudo, as minhas escolhas foram sempre condicionadas pelos recursos disponíveis. Embora, na minha adolescência, as raparigas estivessem “proibidas” de fazer muitas coisas ou precisassem de autorização prévia para fazer outras tantas, a inexistência de recursos (financeiros, por exemplo) para concretizar os meus sonhos foi o que mais me impediu de exercer esse direito humano fundamental de liberdade de escolha.

 

Mas, entretanto, o novo inimigo público microscópico chegou a este nosso jardim à beira mar plantado e, de repente, todas estas reflexões sobre as escolhas do passado se tornaram irrelevantes.

De repente, no hoje, no momento presente em que vivemos, deixámos simplesmente de poder escolher. Algo invisível veio roubar-nos a liberdade e o precioso direito de escolha

 

A verdade é que nem tínhamos noção de como a nossa vida, pelo menos em Portugal, está tão alicerçada nesses dois valores. De tal forma que deixámos de os valorizar, considerando-os garantidos e inalienáveis.

Creio que a esta altura já ninguém pensa assim. A garantia das liberdades fundamentais está na ordem do dia, levando-nos a questionar até que ponto estamos dispostos a prescindir delas para garantir a saúde de todos e de cada um de nós… Mas essa é outra história.

 

Nesta que tive a oportunidade de escrever a convite da Zé, o que me apraz dizer é que…

 

Liberdade é poder sair, mesmo que escolhamos ficar. E poder fazer tudo ou não fazer nada.

Liberdade é poder ir trabalhar sem medo. E poder viver sem ameaças visíveis ou invisíveis a pairar sobre nós.

Liberdade é poder abraçar e beijar aqueles que amamos. E poder ir visitar os nossos pais quando nos apetece.

Liberdade é poder ir tomar café numa esplanada banhada pelo sol. E poder permanecer por lá o tempo que nos apetecer.

Liberdade é poder praticar yoga em grupo. E ir jogar à bola com os amigos num lugar qualquer.

Liberdade é poder ir às compras de sorriso destapado. E encontrar as prateleiras cheias.

Liberdade é poder andar no meio da multidão. E não temer pela vida ao andar nos transportes públicos.

Liberdade é viver em paz. É respeitar o próximo e proteger o nosso planeta.

 

Liberdade de_IMG_0460.jpg

 

Texto e imagem da autoria de: Isa Nascimento

 

09
Abr20

Bola rústica


Hoje partilho convosco uma receita salgada, muito saborosa, simples, económica e fácil de fazer!

 

Bola rústica

bola rústica_Páscoa.jpg

 

Ingredientes:

  • 700g de Farinha de trigo sem fermento
  • 11g de fermento de padeiro seco (1 saqueta de Fermipan)
  • 1dl de água
  • 1 colher de chá de sal
  • 1/2 chávena de azeite
  • 3 ovos
  • 300g de enchidos a gosto, cortados em quadradinhos

 

Preparação:

Junte a farinha, o fermento, a água, o azeite, o sal e os ovos.
Amasse bem, até obter uma massa macia e homogénea. Tape com um pano e deixar levedar (em lugar quentinho) cerca de 1h.
Findo este tempo, acrescente os enchidos, envolva bem, divida a massa ao meio e molde duas bolas. 
Coloque num tabuleiro forrado com papel vegetal (untado), tape com um pano e deixe levedar por mais 1h.
Leve ao forno, pré-aquecido a 160ºC, por cerca de 25 minutos (verifique a cozedura a partir dos 20 minutos)
Retire do forno e deixe arrefecer.
Sirva morno ou frio, cortado em fatias.

Nota: se começar a ganhar muita cor, antes de estar cozida, tape com papel de alumínio.

 

Bom apetite!

 

08
Abr20

Saudades de...


Saudades de abraçar e ser abraçada...

Sou uma pessoa de abraços, embora seja bastante selectiva (não abraço nem me deixo abraçar por qualquer um)...

Tenho saudades dos abraços das Minhas Pessoas (preparem-se porque, com o crédito que vamos acumulando, quando voltarmos a estar juntos será coisa para durar e quebrar algumas costelas...)!

 

Tenho saudades de ver as ondas a desfazerem-se na areia...

m_s.JPG

 

Tenho saudades de contemplar as Minhas Rias...

b_r_3.JPGRia de Alvor

Cabanas_Tavira.JPGRia Formosa

 

Tenho saudades de observar os campos floridos em plena Primavera...

serenidade....JPG

 

Tenho saudades do cheiro a maresia, sem tempo e hora marcada...

Ferragudo.jpgFerragudo_07_04_2020

(durante breves minutos, ao longe, matei as saudades do cheiro a maresia...)

 

E vocês?!... do que têm saudades?!...

 

06
Abr20

Bolo de laranja...


Bolo de laranja

Bolo de laranja.jpg

Bolo de laranja

Ingredientes:

  • 1 laranja média
  • 3 ovos
  • 2 chávenas de açúcar
  • 1 chávena de azeite
  • 2 chávenas de farinha de trigo 55 (sem fermento)
  • 1 colher de sopa de fermento em pó

Preparação:

Ligue o forno a 180ºC.

Unte uma forma redonda (20 cm de diâmetro) com manteiga, forre com papel vegetal, volte a untar, polvilhe com farinha e reserve.

Lave a laranja, corte em quartos, retire as sementes e a parte branca do meio e coloque no liquidificador. Adicione os ovos, o azeite e o açúcar e triture bem até obter uma mistura homogénea.

Verta o preparado numa taça e adicione, aos poucos, a farinha misturada com o fermento. Envolva bem, sem bater, e coloque na forma.

Leve ao forno e deixe cozer por cerca de 50 minutos (faça o teste do palito antes de desligar o forno).

Desenforme e polvilhe com açúcar em pó.   

 

Bom apetite!

 

05
Abr20

Bom domingo!


A criação da natureza é um trabalho de todos os instantes. Só a perfeição está concluída e, mesmo essa, tem de aceitar a imperfeição inacabada quando lida com aquilo que é incompleto, com palavras ou sombras, com natureza, instinto, gente, com a emanação invisível de um passado mais remoto do que o próprio começo de tudo: a esperança.

José Luís Peixoto

 

DSC05420.JPG

Keukenhof_Holanda

 

04
Abr20

Rosas e lírios...


 

rosa....JPG

 

Dai-me rosas e lírios,

 

Dai-me rosas e lírios,

Dai-me flores, muitas flores

Quaisquer flores, logo que sejam muitas...

Não, nem sequer muitas flores, falai-me apenas

 

Em me dardes muitas flores,

Nem isso... Escutai-me apenas pacientemente quando vos peço

Que me deis flores...

Sejam essas as flores que me deis...

 

Ah, a minha tristeza dos barcos que passam no rio,

Sob o céu cheio de sol!

A minha agonia da realidade lúcida!

Desejo de chorar absolutamente como uma criança

 

Com a cabeça encostada aos braços cruzados em cima da mesa,

E a vida sentida como uma brisa que me roçasse o pescoço,

Estando eu a chorar naquela posição.

 

O homem que apara o lápis à janela do escritório

Chama pela minha atenção com as mãos do seu gesto banal.

Haver lápis e aparar lápis e gente que os apara à janela, é tão estranho!

É tão fantástico que estas coisas sejam reais!

Olho para ele até esquecer o sol e o céu.

E a realidade do mundo faz-me dor de cabeça.

 

A flor caída no chão.

A flor murcha (rosa branca amarelecendo)

Caída no chão...

Qual é o sentido da vida?

Fernando Pessoa

 

lírio.jpg

No nosso jardim

 

03
Abr20

A Liberdade de... Ana Mestre


Olá! 
 
é um privilégio este teu convite, para escrever e partilhar na tua "casa"!
 
 
Pedem-me para falar de liberdade. Poderia falar de tanta coisa, poderia falar do 25 de abril que todos conhecemos, que é sinónimo de liberdade, poderia falar da liberdade de expressão, tão em voga nestes nossos modernos tempos .
Mas não, não vos vou falar dessa liberdade. 
Quero antes falar da liberdade que se espraia diáriamente diante dos meus olhos .
Quero falar deste horizonte que me viu nascer e me conhece desde que aprendi a andar nesta areia.
Quero falar da liberdade que tive quando era criança e andava por aqui nas longas tardes das férias de verão.
Quero falar da liberdade que os meus olhos sentem ao ver este pôr do sol, igual ao da minha infância.
 
Falo deste horizonte, desta praia que é minha, das recordações que são minhas, porque aqui, e unicamente aqui sou LIVRE!
 
 

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Texto e fotos da autoria de: Ana Mestre

 

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