Bom domingo!
Procuramos sempre o peso das responsabilidades, quando o que na verdade almejamos é a leveza da liberdade.
Milan Kundera
No campo
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Procuramos sempre o peso das responsabilidades, quando o que na verdade almejamos é a leveza da liberdade.
Milan Kundera
No campo
As palavras têm a leveza do vento e a força da tempestade.
Victor Hugo
Costa Vicentina
Quando a querida Zé me propôs escrever este texto sorri para mim mesma. “Liberdade” pensei com os meus botões. Liberdade foi a segunda palavra que errei no meu primeiro ditado na escola primária. Ainda não percebia bem toda a dinâmica dos r’s e por isso escrevi-a “libredade” (a primeira palavra que errei foi de repente, escrevi tudo junto). Como castigo tive de a rescrever 50 vezes, e, com um olhar meio divertido da minha professora levei um raspanete em frente a todos, porque, ela não se podia acreditar que tinha errado uma palavra tão importante.
Na minha cabecinha de 7 anos não percebia a sua importância, e, por isso odiei a liberdade pelo facto de a ter escrito até a minha mão doer. De que me servia a liberdade se tinha de seguir as regras dos adultos? Questionava-me constantemente se liberdade seria também para aqueles que ainda não eram maiores de idade.
À medida que cresci a liberdade foi mudando de forma, primeiro liberdade foi ter as chaves da casa dos meus pais, depois foi poder sair até que horas quisesse, mais tarde foi poder guiar-me pelas minhas próprias regras.
Liberdade foi sempre algo que tomei como garantido, sobre a qual nunca pensei, porque nunca vivi sem ela, assumi que fosse sempre certo que a tivesse. No entanto, um dia deparei-me com a frase: “We are all born free and spend a lifetime becoming slaves to our own false truths”. Na minha mente um turbilhão de emoções surgiu. Eu posso ser o que quiser, o que é que me impede?
Já não tinha de seguir as ordens de adultos (só de alguns como os meus professores), já não estava presa pelas ordens dos meus pais e daqueles que me rodeavam, e, no entanto a minha liberdade parecia-me escassa. Porque vivia segundo as regras da sociedade e não as minhas. Claro que não há problema em viver segundo as regras da sociedade e olhar para a vida como uma série de bullet points que toda a gente espera que cumpramos (tirar um curso, trabalhar, casar, ter filhos, ter netos, morrer), mas, não me lembrava de ter consentido com isso. Não me lembrava quando é que tinha realmente desejado tudo aquilo que me era imposto, e, foi nesse momento assustador e libertador ao mesmo tempo que encontrei o verdadeiro significado da liberdade, aquele que procurava desde que tinha 7 anos e dois totós na cabeça.
Hoje sou livre, aprendi a voar mesmo com a queda iminente que sei que um dia irá chegar, não me assusta, assusta-me pensar, sim, que tenho asas e que durante muito tempo as ignorei para me conformar com o que a sociedade pedia de mim. Aprendi também ao longo desta jornada para encontrar a liberdade que o que custa não é o primeiro voo, mas sim ficar no ar enquanto todos cá em baixo olham para nós como se fossemos aves raras que se recusam a pousar. Mas, aprendi também que não tem mal que não me percebam. Porque é essa a beleza da liberdade, não importa o que as pessoas achem do que faço, posso sempre continuar a fazê-lo (dentro dos limites aceitáveis claro, não estou a dizer para irem matar alguém porque são livres para o fazer).
Hoje desafio-vos a aprendermos a abraçar a nossa liberdade, e juntos, voar.
Texto da autoria de: Mafalda
Hoje venho partilhar uma ideia...
Decidi criar uma nova rubrica, aqui no blog, que denominei: "Alimentos de A a Z".
Será uma rubrica semanal, a iniciar em Junho, em que abordarei um alimento por cada publicação.
O principal objectivo é dar a conhecer diversos alimentos, suas propriedades, benefícios (ou não) para a saúde e formas (mais ou menos) criativas de os introduzir na nossa alimentação...
Outro dos objectivos, igualmente importante, é promover hábitos de poupança e desperdício zero!
O que vos parece?!... acham que é uma boa ideia?!...
Se quiserem, podem sugerir alimentos (na caixa de comentários ou por e-mail) que gostassem de ver explorados, que eu terei o maior prazer em dar resposta às vossas sugestões...
Fiquem Bem e tenham um dia muito Feliz!
O futuro pertence àqueles que acreditam na beleza de seus sonhos.
Eleanor Roosevelt
Praia do Vau
Hoje partilho convosco uma receita muito simples, ideal para aproveitar aquelas maçãs que se vão acumulando no fundo da fruteira... um bolinho de maçã e noz!
Sugestão de apresentação
Bolo de maçã e noz
Bolo de maçã e noz
Ingredientes:
Preparação:
Pré-aqueça o forno a 180 º C.
Unte e polvilhe, com farinha, uma forma redonda ou quadrada (20cm de diâmetro ou 20x20cm).
Corte as maçãs em cubinhos, regue com o sumo de limão e reserve.
Bata a óleo de côco com o açúcar até obter um creme esbranquiçado.
Junte as gemas e continue a bater.
Adicione a farinha com o fermento, a bebida vegetal, a raspa do limão, as nozes e as maçãs.
Bata as claras em castelo e adicione à massa, envolvendo-as suavemente.
Deite a massa na forma e leve ao forno por cerca de 50 minutos.
Faça o teste do palito, antes de desligar o forno, para verificar a cozedura.
Retire do forno, desenforme e decore a gosto.
Nota: Se o bolo começar a ganhar cor, a meio da cozedura, coloque uma folha de papel de alumínio por cima para este não queimar.
"Esplanadar" é um verbo novo que parece ter surgido nesta fase de desconfinamento e se conjuga de boca em boca...
Na passada sexta-feira, também fui esplanadar e matar saudades da Minha Querida Ria de Alvor...
Das inúmeras esplanadas, que ocupam toda a zona ribeirinha, apenas uma havia retomado a actividade... foi lá que nos instalámos, à beira-ria, e onde partilhámos umas belas horas de conversa amena (e umas bebidas frescas), temperada pelo cheiro a maresia e pelo calor do Sol...
Ria de Alvor
A verdadeira riqueza é o bem que fazemos ao mundo.
Maomé
No campo
Tudo é um círculo.
Cada um de nós é responsável pelas suas acções.
Todas serão devolvidas.
Betty Laverdure
Arco da Ponte Romana_Tavira
Fui desafiada pela querida MJP para botar discurso sobre a liberdade!... eu sou ‘soa para ter bastante dificuldade em botar discurso sobre temas pré-definidos, raisparta!... sinto que se me foge a liberdade para parte incerta... mas como foi a MJP a pedir e ela é ‘soa fofinha que eu aprecio bastante, aqui estou! Isso e porque Marquesa que é Marquesa não diz que não a um desfio, ora essa!
Quem me segue (quem não segue é um ovo podre, já dizia o filósofo!) sabe que eu sou sujeita para ter nascido em época de privação de liberdade, fui cidadã de ditadura por pouco tempo, 7 meses e picos, para ser mais exacta, que logo uns Senhores (sim com letra grande) se juntaram, puseram mãos às armas e, em boa hora, libertaram o povo de suas amarras. Viva a Liberdade!
*E antes que venham aí os Velhos do Restelo, os de direita, de esquerda e o catano!, friso desde já, até grito se for caso disso, que a liberdade não tem esquerda nem direita, cima ou baixo, não é preta nem branca, homem ou mulher! A liberdade É! Apenas e só!* - Já minervaram, raisparta!
Com este aparte, sim, a malta tem de pôr ordem nisto de vez em quando!, retomemos:
Liberdade é talvez a condição, o direito, nem sei como lhe chamar (Liberdade é Liberdade, catano!), que eu mais prezo. Não ter liberdade é não conseguir respirar, é não ser, é não existir!
Ser livre não é ausência de prisão. Prisão daquelas de verdade, com grades, polícias e tudo. Há quem esteja atrás das grades e seja livre! Há quem esteja preso por ser livre! Livre no pensamento, nas crenças, nas suas lutas! Recordo-me, por exemplo de Nelson Mandela, Steve Biko, Luaty Beirão, Xanana Gusmão, e tantos outros... presos por serem livres, por lutarem pelo que acreditam, por não se calarem, por gritarem liberdade!... basta abrirem o site da Amnistia Internacional Portugal para verem quantas pessoas estão presas por serem livres! Já agora, aproveitem que lá vão e contribuam para liberdade. Sejam livres!
Ser livre não é namorarem/casarem/ajuntarem com o “amor da vossa vida”... ser livre é estarem com quem querem, que essa pessoa vos respeite, sempre!, sem mas nem porquês, vos aceite e vos deixe ir embora se e quando quiserem! E respeitar é deixar-vos ser. Ser plenamente, com tudo o que são... com os vossos amigos, familiares, empregos, hobbies, manias, roupas, ideais... tudo! Como seres completos que são! Houve, não há muito tempo, a conquista de casarmos com quem queremos, sem “arranjinhos” dos pais, mas a liberdade que ainda falta conquistar é um longo caminho... ora perguntem à Associação de Apoio à Vítima. Denunciem, sempre! Seja convosco ou com os outros! A violência doméstica é um crime público. Não se calem!
Ser livre é podermos amar quem queremos, sem olhar a côr, feitio, raça, etnia, sexualidade, género. O amor é livre, sempre! Desde que entre duas pessoas adultas e consentido. Como é que amor pode não ser livre? Como pode alguém querer impor a outro quem e como amar? O amor é livre! O amor respeita todos! Amem!
Ser livre é eu, mulher, poder ir para a rua de mini-saia, beber até cair, se me apetecer, fumar, usar decotes, saltos altos (sem receio de necessitar de correr e não conseguir), ir de férias com as amigas e deixar o marido e filhos em casa à minha espera, trabalhar onde e no que quiser, ir a discotecas sozinha, sair à noite até às horas que entender, e fazer isto tudo ao mesmo tempo, se quiser, e não ser incomodada, acusada, apontada, abusada, violada ou morta porque... “Ela estava a pedi-las!”... Não! Eu sou livre! E quando quero alguma coisa eu peço, com palavras, não com atitudes! E se, quando peço, mudar de ideias serei respeitada, sempre! Ser livre é poder ser mulher!
Ser livre é acreditar em quem quiser, Deus, Alá, Buda, na Deusa do Amor, Lúcifer... ou em nenhum deles! É poder viver com as minhas crenças, em paz, sem ser importunada, achincalhada, marginalizada, atacada ou morta em nome de uma crença!
Liberdade é poder ser o que se é e o que se quiser**, sempre! Sem condições! Liberdade é respeitar os outros naquilo que são e querem ser, sem condições! Pretos, brancos, Ciganos, Hindus, Católicos, Homossexuais, Bissexuais, Transexuais, altos e baixos, gordos e magros, ingleses e chineses, louros e morenos, gajos e gajas... As Pessoas em geral e em particular também!
E vocês, já são livres?
**Olá Velhinhos do Restelo, eu sei que vocês andam aí, vero?!?.... só para vos sossegar: Ser o que se quiser e fazer o que se quiser sempre dentro da lei e o respeito pelo outros, bale? Não desatem para aí aos tiros de caçadeira com a desculpa de que eu disse que podia ser, está bem fofinhos?... Boa!!!
Texto da autoria de: A Marquesa de Marvila
263 seguidores
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.