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Liberdade aos 42

Liberdade aos 42

29
Mai20

A Liberdade de... Mafalda


Quando a querida Zé me propôs escrever este texto sorri para mim mesma. “Liberdade” pensei com os meus botões. Liberdade foi a segunda palavra que errei no meu primeiro ditado na escola primária. Ainda não percebia bem toda a dinâmica dos r’s e por isso escrevi-a “libredade” (a primeira palavra que errei foi de repente, escrevi tudo junto). Como castigo tive de a rescrever 50 vezes, e, com um olhar meio divertido da minha professora levei um raspanete em frente a todos, porque, ela não se podia acreditar que tinha errado uma palavra tão importante.

Na minha cabecinha de 7 anos não percebia a sua importância, e, por isso odiei a liberdade pelo facto de a ter escrito até a minha mão doer. De que me servia a liberdade se tinha de seguir as regras dos adultos? Questionava-me constantemente se liberdade seria também para aqueles que ainda não eram maiores de idade.

À medida que cresci a liberdade foi mudando de forma, primeiro liberdade foi ter as chaves da casa dos meus pais, depois foi poder sair até que horas quisesse, mais tarde foi poder guiar-me pelas minhas próprias regras.

Liberdade foi sempre algo que tomei como garantido, sobre a qual nunca pensei, porque nunca vivi sem ela, assumi que fosse sempre certo que a tivesse. No entanto, um dia deparei-me com a frase: “We are all born free and spend a lifetime becoming slaves to our own false truths”. Na minha mente um turbilhão de emoções surgiu. Eu posso ser o que quiser, o que é que me impede?

Já não tinha de seguir as ordens de adultos (só de alguns como os meus professores), já não estava presa pelas ordens dos meus pais e daqueles que me rodeavam, e, no entanto a minha liberdade parecia-me escassa. Porque vivia segundo as regras da sociedade e não as minhas. Claro que não há problema em viver segundo as regras da sociedade e olhar para a vida como uma série de bullet points que toda a gente espera que cumpramos (tirar um curso, trabalhar, casar, ter filhos, ter netos, morrer), mas, não me lembrava de ter consentido com isso. Não me lembrava quando é que tinha realmente desejado tudo aquilo que me era imposto, e, foi nesse momento assustador e libertador ao mesmo tempo que encontrei o verdadeiro significado da liberdade, aquele que procurava desde que tinha 7 anos e dois totós na cabeça.

Hoje sou livre, aprendi a voar mesmo com a queda iminente que sei que um dia irá chegar, não me assusta, assusta-me pensar, sim, que tenho asas e que durante muito tempo as ignorei para me conformar com o que a sociedade pedia de mim. Aprendi também ao longo desta jornada para encontrar a liberdade que o que custa não é o primeiro voo, mas sim ficar no ar enquanto todos cá em baixo olham para nós como se fossemos aves raras que se recusam a pousar. Mas, aprendi também que não tem mal que não me percebam. Porque é essa a beleza da liberdade, não importa o que as pessoas achem do que faço, posso sempre continuar a fazê-lo (dentro dos limites aceitáveis claro, não estou a dizer para irem matar alguém porque são livres para o fazer).

Hoje desafio-vos a aprendermos a abraçar a nossa liberdade, e juntos, voar.

 

Texto da autoria de: Mafalda

 

28
Mai20

Alimentos de A a Z...


Hoje venho partilhar uma ideia...

Decidi criar uma nova rubrica, aqui no blog, que denominei: "Alimentos de A a Z".

Será uma rubrica semanal, a iniciar em Junho, em que abordarei um alimento por cada publicação.

O principal objectivo é dar a conhecer diversos alimentos, suas propriedades, benefícios (ou não) para a saúde e formas (mais ou menos) criativas de os introduzir na nossa alimentação...

Outro dos objectivos, igualmente importante, é promover hábitos de poupança e  desperdício zero!

O que vos parece?!... acham que é uma boa ideia?!...

Se quiserem, podem sugerir alimentos (na caixa de comentários ou por e-mail) que gostassem de ver explorados, que eu terei o maior prazer em dar resposta às vossas sugestões...

Fiquem Bem e tenham um dia muito Feliz!

 

26
Mai20

Bolo de maçã e noz


Hoje partilho convosco uma receita muito simples, ideal para aproveitar aquelas maçãs que se vão acumulando no fundo da fruteira... um bolinho de maçã e noz!

 

bolo de maçã e noz.jpgSugestão de apresentação

 

fatia.jpgBolo de maçã e noz

 

Bolo de maçã e noz

Ingredientes:

  • 130 g de açúcar
  • 150 g de farinha de trigo sem fermento
  • 50 g de nozes moídas
  • 100 ml de óleo de côco
  • 3 Ovos grandes
  • 4 maçãs (pequenas) + 1 limão (raspa e sumo)
  • 1 colher de sobremesa de fermento em pó
  • 100ml de bebida vegetal

 

Preparação:

Pré-aqueça o forno a 180 º C.

Unte e polvilhe, com farinha, uma forma redonda ou quadrada (20cm de diâmetro ou 20x20cm).

Corte as maçãs em cubinhos, regue com o sumo de limão e reserve.

Bata a óleo de côco com o açúcar até obter um creme esbranquiçado.

Junte as gemas e continue a bater.

Adicione a farinha com o fermento, a bebida vegetal, a raspa do limão, as nozes e as maçãs.

Bata as claras em castelo e adicione à massa, envolvendo-as suavemente.

Deite a massa na forma e leve ao forno por cerca de 50 minutos.

Faça o teste do palito, antes de desligar o forno, para verificar a cozedura.

Retire do forno, desenforme e decore a gosto.

 

Nota: Se o bolo começar a ganhar cor, a meio da cozedura, coloque uma folha de papel de alumínio por cima para este não queimar.

 

25
Mai20

"Esplanadar"...


"Esplanadar" é um verbo novo que parece ter surgido nesta fase de desconfinamento e se conjuga de boca em boca...

Na passada sexta-feira, também fui esplanadar e matar saudades da Minha Querida Ria de Alvor...

Das inúmeras esplanadas, que ocupam toda a zona ribeirinha, apenas uma havia retomado a actividade... foi lá que nos instalámos, à beira-ria, e onde partilhámos umas belas horas de conversa amena (e umas bebidas frescas), temperada pelo cheiro a maresia e pelo calor do Sol...

 

Ria de Alvor

 

22
Mai20

A Liberdade de... A Marquesa de Marvila


Fui desafiada pela querida MJP para botar discurso sobre a liberdade!... eu sou ‘soa para ter bastante dificuldade em botar discurso sobre temas pré-definidos, raisparta!... sinto que se me foge a liberdade para parte incerta... mas como foi a MJP a pedir e ela é ‘soa fofinha que eu aprecio bastante, aqui estou! Isso e porque Marquesa que é Marquesa não diz que não a um desfio, ora essa!


Quem me segue (quem não segue é um ovo podre, já dizia o filósofo!) sabe que eu sou sujeita para ter nascido em época de privação de liberdade, fui cidadã de ditadura por pouco tempo, 7 meses e picos, para ser mais exacta, que logo uns Senhores (sim com letra grande) se juntaram, puseram mãos às armas e, em boa hora, libertaram o povo de suas amarras. Viva a Liberdade!

*E antes que venham aí os Velhos do Restelo, os de direita, de esquerda e o catano!, friso desde já, até grito se for caso disso, que a liberdade não tem esquerda nem direita, cima ou baixo, não é preta nem branca, homem ou mulher! A liberdade É! Apenas e só!* - Já minervaram, raisparta!

Com este aparte, sim, a malta tem de pôr ordem nisto de vez em quando!, retomemos:

 

Liberdade é talvez a condição, o direito, nem sei como lhe chamar (Liberdade é Liberdade, catano!), que eu mais prezo. Não ter liberdade é não conseguir respirar, é não ser, é não existir!

Ser livre não é ausência de prisão. Prisão daquelas de verdade, com grades, polícias e tudo. Há quem esteja atrás das grades e seja livre! Há quem esteja preso por ser livre! Livre no pensamento, nas crenças, nas suas lutas! Recordo-me, por exemplo de Nelson Mandela, Steve Biko, Luaty Beirão, Xanana Gusmão, e tantos outros... presos por serem livres, por lutarem pelo que acreditam, por não se calarem, por gritarem liberdade!... basta abrirem o site da Amnistia Internacional Portugal para verem quantas pessoas estão presas por serem livres! Já agora, aproveitem que lá vão e contribuam para liberdade. Sejam livres!
 

 

Ser livre não é namorarem/casarem/ajuntarem com o “amor da vossa vida”... ser livre é estarem com quem querem, que essa pessoa vos respeite, sempre!, sem mas nem porquês, vos aceite e vos deixe ir embora se e quando quiserem! E respeitar é deixar-vos ser. Ser plenamente, com tudo o que são... com os vossos amigos, familiares, empregos, hobbies, manias, roupas, ideais... tudo! Como seres completos que são! Houve, não há muito tempo, a conquista de casarmos com quem queremos, sem “arranjinhos” dos pais, mas a liberdade que ainda falta conquistar é um longo caminho... ora perguntem à Associação de Apoio à Vítima. Denunciem, sempre! Seja convosco ou com os outros! A violência doméstica é um crime público. Não se calem!

Ser livre é podermos amar quem queremos, sem olhar a côr, feitio, raça, etnia, sexualidade, género. O amor é livre, sempre! Desde que entre duas pessoas adultas e consentido. Como é que amor pode não ser livre? Como pode alguém querer impor a outro quem e como amar? O amor é livre! O amor respeita todos! Amem!

Ser livre é eu, mulher, poder ir para a rua de mini-saia, beber até cair, se me apetecer, fumar, usar decotes, saltos altos (sem receio de necessitar de correr e não conseguir), ir de férias com as amigas e deixar o marido e filhos em casa à minha espera, trabalhar onde e no que quiser, ir a discotecas sozinha, sair à noite até às horas que entender, e fazer isto tudo ao mesmo tempo, se quiser, e não ser incomodada, acusada, apontada, abusada, violada ou morta porque... “Ela estava a pedi-las!”... Não! Eu sou livre! E quando quero alguma coisa eu peço, com palavras, não com atitudes! E se, quando peço, mudar de ideias serei respeitada, sempre! Ser livre é poder ser mulher!

Ser livre é acreditar em quem quiser, Deus, Alá, Buda, na Deusa do Amor, Lúcifer... ou em nenhum deles! É poder viver com as minhas crenças, em paz, sem ser importunada, achincalhada, marginalizada, atacada ou morta em nome de uma crença!

Liberdade é poder ser o que se é e o que se quiser**, sempre! Sem condições! Liberdade é respeitar os outros naquilo que são e querem ser, sem condições! Pretos, brancos, Ciganos, Hindus, Católicos, Homossexuais, Bissexuais, Transexuais, altos e baixos, gordos e magros, ingleses e chineses, louros e morenos, gajos e gajas... As Pessoas em geral e em particular também!
 

 

E vocês, já são livres?

 

 

**Olá Velhinhos do Restelo, eu sei que vocês andam aí, vero?!?.... só para vos sossegar: Ser o que se quiser e fazer o que se quiser sempre dentro da lei e o respeito pelo outros, bale? Não desatem para aí aos tiros de caçadeira com a desculpa de que eu disse que podia ser, está bem fofinhos?... Boa!!!

 

Texto da autoria de: A Marquesa de Marvila

 

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