Bom domingo!
"O modo como olhas para os outros, o teu sorriso e os teus pequenos gestos de carinho podem gerar felicidade. A verdadeira felicidade não depende da riqueza ou da fama."
Thich Nhat Hanh
O Tobias
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"O modo como olhas para os outros, o teu sorriso e os teus pequenos gestos de carinho podem gerar felicidade. A verdadeira felicidade não depende da riqueza ou da fama."
Thich Nhat Hanh
O Tobias
O Dia Mundial dos Cuidados Paliativos (CP) é um dia de acção, para celebrar e apoiar os CP, por todo o mundo. Comemora-se anualmente, no 2º sábado de Outubro, sendo que, ao longo de todo o mês serão desenvolvidas actividades para divulgar e promover os CP. Este ano surge sob o lema: "My Care, My Comfort", com as seguintes mensagens-chave:
1. Com os CP, posso ter acesso ao melhor padrão de atendimento e ao mais alto nível de Conforto enquanto vivencio uma condição grave de saúde;
2. Os CP garantem que os cuidadores e familiares recebam o melhor apoio para fornecer cuidados e Conforto aos seus entes queridos em casa ou em instalações adequadas;
3. Os profissionais de saúde precisam de cuidados psicológicos, sociais, espirituais e conforto que se adquirem com treino em CP e com serviços Humanizados (com boas condições de trabalho, respeito e apoio ao exercício profissional);
4. Para garantir o melhor cuidado e Conforto disponíveis para todos, os CP devem ser integrados no sistema de saúde do meu país, inclusive por meio de reformas da Cobertura Universal de Saúde.
5. CP é um serviço essencial para o alívio da dor e do sofrimento relacionados com a COVID-19 e problemas de saúde pré-existentes.
Os CP visam melhorar a qualidade de vida das pessoas portadoras de doenças incuráveis (independentemente da sua idade) e suas famílias, abordando os seus problemas físicos, psicológicos, sociais e espirituais.
É fundamental recordar e enfatizar a necessidade urgente de uma acção concertada de governos, sector privado e sociedade civil para garantir:
Os CP são um Direito Humano mas, ainda, existem milhares de pessoas, que vivem e morrem, com dor e sofrimento, apesar de possuirmos o conhecimento e as competências necessárias para melhorar a sua qualidade de vida, através da prestação de Cuidados Paliativos.
Liberdade é chegar a casa, despir a roupa que trazemos no corpo e andar nua sem receios. É olhar o mar sozinha. É correr quilómetros atrás de quilómetros debaixo de chuva miudinha. Liberdade é confiança. Sinceridade e franqueza. É dizer aquilo que pensamos, desde que isso não interfira na liberdade do outro. Porque a nossa liberdade termina onde começa a liberdade dos outros. Liberdade é escrever o que me vai na alma. Respirar ao ar livre. Sentir o vento despentear-me os cabelos. É chorar ao ouvir a chuva. É gritar ao som das ondas. É sorrir sem medo. Liberdade é independência. É viver sozinha. É não prestar contas a mais ninguém além de nós mesmas. Liberdade é aceitarmos-nos como somos. Aceitar sem resignar, aceitar que somos quem somos e a partir daí tornarmos-nos quem desejamos. É olhar o espelho e admirar a mulher fantástica que ele reflete. Liberdade é ouvir música bem alta e cantar a plenos pulmões. Liberdade é ousadia. Atrevimento e audácia. Liberdade é um dia inteiro deitada no sofá a ler um bom livro. É chegar a casa após um dia cansativo, fazer um café e sentar na nossa poltrona favorita. É fazer uma maratona da nossa série favorita enquanto comemos uma tablete de chocolate. Porque podemos, porque somos livres e é isso a liberdade. Liberdade é paz. É amor. É gratidão. Liberdade é prazer. Deleite. Desejo e alegria. Liberdade é voar, mesmo que seja com os pés no chão. É escolhermos a roupa que queremos usar. Liberdade é ver o nascer do sol todos os dias. E o pôr do sol também. É viajarmos para onde nos apetecer. Dar a volta ao mundo sem que nada nos detenha. Liberdade é viver. Desfrutar de cada momento único que a vida nos proporciona. Liberdade é poder estar aqui, deste lado, a escrever estas palavras sem que ninguém me detenha, sem que ninguém me impeça de expressar aquilo que sinto, aquilo que me vai na alma. Liberdade é isto, viver com alma, amar com alma, e expressar com alma. Sem medo. Livre.
Texto da autoria de: V de Viver
"Para sempre caminho nestas praias,
entre a areia e a espuma do mar.
A maré alta apagará as minhas pegadas
e o vento levará a espuma.
Mas o mar e a praia
aqui ficarão para sempre."
Kahlil Gibran
Praia da Torralta
Praia de Alvor
Na sequência da rubrica "Alimentos de A a Z", hoje, apresento-vos o azeite.
O azeite é um óleo vegetal de características (cor, cheiro e sabor) bastante apreciadas na culinária. É a única gordura que pode ser consumida logo após a extracção e sem qualquer alteração (ou seja, 100% natural). É muito resistente às altas temperaturas e tanto pode ser usado cru, para temperar uma salada, como cozinhado em sopas, bolos e estufados, entre outros pratos.
Fornece muitas calorias – uma colher de sopa (cerca de 9 gramas) equivale a cerca de 81 calorias. É também rico em elementos indispensáveis, como as vitaminas A, D, E, K (denominadas “lipossolúveis”, ou seja, vitaminas que se dissolvem na gordura) e ácidos gordos essenciais como o ácido linoleico.
O azeite é classificado em três grandes categorias: azeite, azeite virgem e virgem extra. A integração nestes grupos é determinada pela qualidade das azeitonas, os processos a que são sujeitas para obter o azeite, o sabor e o grau de acidez, entre outros fatores. A acidez, por seu lado, é determinada pelo estado de preservação (estado fitossanitário) das azeitonas e não está directamente relacionada com o sabor.
Esta é a gordura mais utilizada na dieta mediterrânica portuguesa. A antiguidade da cultura de oliveira no País ajuda a compreender esta preferência: reza a história que já povoava a Península Ibérica quando os romanos cá chegaram. Os árabes conservaram-na e tornaram-na próspera. É deles o vocábulo “az-zait” (significa “sumo de azeitona”), que originou a palavra “azeite”. Hoje é uma das bases da cozinha saudável e tornou-se um produto apreciado em países longínquos e sem tradição produtora, como o Japão e a Austrália.
Recomenda-se que a ingestão de gorduras represente cerca de 30% da energia total ingerida ou 35% se esta for procedente do azeite. As gorduras desempenham, no nosso organismo, funções estruturais. Constituem as membranas das células e participam em actividades metabólicas. Os lípidos transportam e permitem a absorção de determinadas vitaminas (A e D) e outros nutrientes.
A importância deste alimento é tal que, ao estudar os hábitos alimentares das diferentes populações, a comunidade médica internacional verificou que a alimentação rica em azeite, nomeadamente, dos países do Mediterrâneo, podia estar na base dos níveis reduzidos de colesterol e uma baixa incidência de doenças cardiovasculares dos povos que habitavam esses países, em comparação com os habitantes dos Estados Unidos e do Norte da Europa.
Devido ao seu elevado teor de ácidos gordos monoinsaturados, o consumo de azeite ajuda a reduzir o mau colesterol (LDL), mantendo o nível do bom colesterol (HDL). Por outro lado, a vitamina E desempenha uma função antioxidante sobre as paredes das artérias. Desta forma, ajuda a prevenir o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como aterosclerose, trombose, enfarte cardíaco e acidentes vasculares cerebrais. Ajuda, ainda, a prevenir a diabetes ao favorecer o metabolismo e a melhorar a assimilação de açúcar e a tolerância à glucose.
O consumo deste alimento ajuda a proteger o sistema digestivo ao prevenir o excesso de ácido no estômago. Contribui, também, para o bom funcionamento da vesícula biliar, promove a assimilação de nutrientes e ajuda a regular o trânsito intestinal. De acordo com inúmeras pesquisas, o consumo de azeite poderá contribuir para a prevenção de alguns tipos de cancro, principalmente o cancro da mama.
Devido, ainda, às suas propriedades antioxidantes, ajuda a combater o envelhecimento precoce e a beneficiar o sistema nervoso periférico, bem como o cérebro. Este alimento favorece a mineralização óssea, ao facultar a absorção de cálcio e de vitamina D, ajudando no crescimento e na prevenção da osteoporose.
Para poder usufruir plenamente das virtudes do azeite, deve consumi-lo cru, sem aquecimento prévio e, de preferência este deve ser de origem biológica. Por esta razão é ideal para temperar saladas e vegetais. Pode ainda substituir outras gorduras, utilizadas para elaborar todo o tipo de cozinhados, pelo azeite. Mesmo para fritar deve usar azeite, pois os outros óleos vegetais alteram-se com o calor, gerando substâncias nocivas, a partir dos 170º C.
O azeite é um óptimo hidratante e tonificante para a pele, pelo que é muito utilizado em artigos cosméticos. É um excelente óleo de massagem e é adicionado aos óleos essenciais na aromaterapia.
Como escolher e conservar
Conselhos de conservação de azeite
O azeite começa a deteriorar-se a partir do momento em que é extraído. Por esse motivo não deve armazená-lo por longos períodos de tempo. Deve, também, mantê-lo abrigado do contacto com a luz, o calor ou o ar, elementos que aceleram a oxidação e alteram o seu sabor.
Se costuma comprar azeite caseiro em grande quantidade para ir gastando, estes cuidados de conservação são ainda mais importantes. Caso esteja contido num garrafão de plástico, troque o recipiente, para prevenir a contaminação com componentes exteriores. O ideal é guardá-lo em recipientes de vidro (de preferência escuro), folha-de-flandres ou aço inox bem fechados.
O azeite deve ser acondicionado num local fresco, escuro e afastado de odores intensos, como os das especiarias, que possam contaminar o seu sabor. Quando exposto a temperaturas muito baixas, o azeite pode ganhar um aspecto mais denso e sólido, mas regressa ao estado normal se voltar à temperatura ambiente.
Sugestões de utilização:
Bacalhau assado no forno em azeite aromático
Salmão grelhado com azeite aromático
https://observador.pt/2018/10/04/tem-mesmo-a-certeza-que-sabe-tudo-sobre-o-azeite/
https://www.celeiro.pt/cuide-de-si/temas-de-saude/azeite
https://lifestyle.sapo.pt/saude/peso-e-nutricao/artigos/tem-nocao-do-bem-que-o-azeite-lhe-faz
"O amor é a força mais subtil do mundo."
Mahatma Gandhi
No campo_Odeceixe
Ao iniciar este texto, lembrei-me de que já tinha escrito outros textos em que falava de liberdade. Liberdade de expressão, por exemplo, que se confunde, tantas vezes, com a possibilidade de exprimir tudo e mais alguma coisa – verdade ou mentira, facto ou ficção, opinião ou crença, crítica ou insulto – pelo (não tão simples) facto de se viver num país livre. Parece a mesma coisa, mas não é bem. Digo eu, que nem sei se sei definir Liberdade. Partindo do princípio de que haja tal definição, e não apenas estados de liberdade, momentos em que podemos assegurar que, por um instante que fosse, fomos extraordinariamente livres. Vi gente ser livre com tão pouco, e vi gente cheia de tudo e de nadas aprisionada uma vida inteira.
Já vivi num país menos livre do que Portugal. Aí, nesse outro país que ainda não deixei de amar, ser livre podia ser apenas (nunca é “apenas”) sair à rua de mini-saia, coisa que deixei cair ao segundo ou terceiro dia; ao contrário de uma grande amiga, que nunca esmoreceu na audácia de as vestir.
Não sei se por isso, o meu, e só meu, conceito de liberdade foi-se adensando com o passar dos anos, não tendo, porém, mudado dramaticamente com a pandemia e o confinamento que nos amordaçaram os últimos dias; os últimos meses. Mas, talvez me tenha dado conta de que muitos de nós não éramos tão livres quanto supúnhamos; e outros não eram tão livres quanto gostariam. Eventualmente, alguns ter-se-ão dado conta de que, afinal, não gostavam assim tanto da liberdade de que se sentiam donos. Não será sempre assim? Ser livre arrasta consigo a responsabilidade tremenda de assumir as consequências dessa liberdade que se quer agarrar com teimosia e zelo. Nesse sentido, ser livre pode ser também – e é! – um acto de provocação. Como a mini-saia da minha amiga, mas não só.
Há liberdades fáceis de definir nos pergaminhos da Lei. Umas mais fáceis de definir que outras, é certo, mas a Liberdade? Talvez só a de Cícero, a do pensamento. Ou a de Aristóteles, um homem livre é senhor da sua vontade e somente escravo da sua própria consciência, e naquele somente, talvez, caiba tudo o que é preciso para sermos verdadeiramente livres.
E há os que julgam ser livres, e nunca alguém será livre enquanto existirem os flagelos, como sentenciou Camus, na sua peste de 1947, um esquisso dos dias de hoje, medonhos, um acto de adivinhação de que só os mais livres são capazes. Acho que a Liberdade é sobretudo isso. Não nos trairmos, não abdicarmos de nós. Não abdicar de mim. Desses instantes que me mantêm inteira. Não adulterar nenhuma parte importante de nós; eleger armas e batalhas sem desobedecer a quem somos; escolher os silêncios ou as palavras, o sol ou a chuva, querer e não querer sem mandamentos impostos contra a nossa vontade, essa vontade de que nos fazemos, passo-a-passo, e que, por isso, não é volúvel, mesmo que possa durar um instante: um pôr-do-sol em chamas, um abismo, um engano, um pecado consentido, sem sentido, uma manhã de chuva, como esta, em que te escrevo, querida MJP, embalada pelo restolhar dos pingos, grossos, que se estilhaçam, lá fora, no asfalto enegrecido da rua. Nas cidades não cheira a terra, mas tenho a liberdade de o imaginar, e, imaginando-o, de o sentir. O cheiro a terra molhada. E agradeço-te a liberdade, e o carinho, de me teres convidado a invadir o teu espaço. Obrigada.
Obrigada também aos que, passando por cá, tomam a liberdade de emprestarem, à minha, parte do seu precioso tempo.
Texto e imagem da autoria de: outradecoisanenhuma
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