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Liberdade aos 42

Liberdade aos 42

08
Fev21

Alimentos de A a Z... Cardamomo


Na sequência da rubrica "Alimentos de A a Z", hoje, apresento-vos o cardamomo.

 

Alimentos de A a Z_cardamomo.gif

 

O cardamomo, rico em aroma e propriedades terapêuticas, é uma das especiarias mais conhecidas e usadas na culinária indiana - numa variedade de pratos principais, sopas, arroz e caril, sobremesas, bebidas e pastelaria - sendo uma das bases do Garam Masala

O uso de cardamomo cresceu bastante desde o início do século XIX e, como medicamento, pode ser usado para refrescar a respiração, acalmar infecções e auxiliar a digestão. O óleo essencial e a oleorresina (uma mistura natural de resina e óleo) são usados em perfumes. 

 

Origens do cardamomo

O cardamomo é uma das especiarias mais antigas do mundo. É nativa do oriente, originária das florestas no sul da Índia, onde cresce selvagem. Também cresce no Sri Lanka, na Guatemala, na Indochina e na Tanzânia. Os antigos egípcios mastigavam sementes de cardamomo para limparem os dentes; os gregos e romanos usaram-no como perfume. Os Vikings encontraram o cardamomo em Constantinopla há cerca de mil anos, e introduziram-no na Escandinávia, onde permanece popular até hoje. Os árabes atribuíam-lhe propriedades afrodisíacas (que se apresentam regularmente nas Mil e uma Noites) e os antigos índios consideravam-na uma cura para a obesidade.

Existem duas variedades principais de cardamomo, planta remanescente da família das zingiberáceas (tal como o gengibre e a curcuma). O primeiro conhecido como Ellataria, e comumente referido como cardamomo verde ou verdadeiro, é originário principalmente da Índia e da Malásia. A variedade Mysore contém níveis mais elevados de cineol e limonene e, portanto, é o cardamomo mais aromático. As pequenas sementes, perfumadas e picantes, de sabor cítrico e perfume forte, de cor castanho-escura, estão contidas em vagens, de 5 e 20 mm de comprimento, em três filas duplas com cerca de seis sementes em cada fileira. O outro tipo cultivado na Ásia e Austrália faz parte do género Amomum, e tem vários nomes comuns, como cardamomo preto, cardamomo de Java, cardamomo de Bengala, Kravan, cardamomo branco, cardamomo siamês e cardamomo vermelho.

 

Valor nutricional e terapêutico do cardamomo

O cardamomo é altamente rico em manganês, além de ferro, fibras, cálcio, potássio, fósforo, enxofre, magnésio, vitamina C, vitamina A, zinco, riboflavina e um óleo volátil composto de ácidos acético e fórmico. 

As propriedades do cardamomo são inúmeras e incluem a acção analgésica, antisséptica, anti-inflamatória, anti-helmíntica, digestiva, estimulante, carminativa (combate a flatulência), purgativa (laxante), desintoxicante, diurética, diaforética, expectorante, tónico mental e sedativo.

Estudos confirmam que o óleo de cardamomo actua como analgésico e antiespasmódico. O cardamomo tem sido usado na Medicina Ayurvédica, Unani e Chinesa para tratar problemas gastrointestinais como cólicas estomacais, acidez, etc. O óleo de cardamomo ajuda a fortalecer o revestimento de muco no estômago e aumenta a produção de saliva. 

 

Efeitos adversos do cardamomo

São desconhecidas contra-indicações ao uso do cardamomo, contudo é aconselhável ser consumido moderadamente por grávidas, mulheres que estejam a amamentar, e pessoas que tenham desenvolvido intolerância. Pessoas que sofrem de cálculos biliares são desaconselhadas a consumir cardamomo inteiro, sendo mais seguro ingeri-lo em pó.

 

Cozinhar com cardamomo

As vagens podem ser usadas inteiras ou abertas, quando cozinhadas. As sementes também podem ser esmagadas e fritas antes de serem adicionadas aos ingredientes principais. A casca da vagem tem um sabor neutro e não é geralmente utilizada, conferindo um sabor amargo quando deixada na confecção.

O cardamomo é usado principalmente no Oriente. Surge no Ocidente nos biscoitos holandeses e bolos e doces de estilo escandinavo. Confere um sabor muito característico ao caril, é essencial em pilaf (arroz salteado em gordura) e dá carácter a pratos de lentilhas. É frequentemente incluído em pratos e bebidas indianas doces.

Serve como antídoto para vários alimentos, nomeadamente doces, café, chocolate, chá, arroz, e outros cereais. Através das propriedades do seu óleo, o cardamomo compensa o desequilíbrio digestivo gerado pela ingestão deste tipo de alimentos, facilitando a sua assimilação.

 

Sugestões de utilização:

Bolo de ananás perfumado com cardamomo

Bolo de cenoura com cardamomo

Camarão em molho de gengibre com arroz de cardamomo e canela

Caril de camarão com arroz de cardamomo

Caril de legumes

Creme de batata-doce, côco e cardamomo

Espresso de cardamomo

Frango com molho de cardamomo e amêndoa

Kanelbullar: pãezinhos doces suecos com cardamomo e canela

Mousse de chocolate saudável com chá de cardamomo

Peito de frango no forno com cardamomo e alecrim

Pernil assado com cardamomo e pimenta

Pudim de leite com cardamomo

Salada de grão e ervilhas com cardamomo

Salmão com sementes de cardamomo no forno

 

https://mood.sapo.pt/cardamomo-fragrancia-e-beneficios-de-uma-das-mais-antigas-especiarias-do-mundo/

https://revistacasaejardim.globo.com/Casa-e-Comida/Reportagens/noticia/2018/08/o-que-e-cardamomo.html

https://www.celeiro.pt/cuide-de-si/glossario/cardamomo

https://www.receiteria.com.br/receitas-com-cardamomo/

http://www.aromasesabores.com/2009/03/especiaria-do-mes-de-marco-cardamomo.html

https://cozinhatecnica.com/2014/10/temperos-cardamomo/

 

05
Fev21

A Liberdade de... Maria Castanha


“Estou sem liberdade de fazer e movimentar-me para onde quero”. Gritam muitas vozes, quase em coro perfeito, gerando motins de insatisfação, ódios e destruição, nestes tempos de confinamento obrigatório.

Há quem não entenda os limites da liberdade e que esta vive de mãos dadas com a palavra respeito. São um casamento perfeito para uma sociedade de paz.

A liberdade não é saltar o muro do pensamento livre dos outros, dos que connosco coabitam na mesma sociedade,  livre e democrática.

Concorde-se ou não com as politicas que nos são impostas, a nossa liberdade não nos concede o direito de ataque sem respeito.

A liberdade que conhecemos e tão arduamente conquistada pelos nossos pais e avós também tem barras limitadoras. Devemos saber vivê-la para não nos voltar a fugir. E cuidado com as vozes que, cada vez mais, nos surgem por todos os cantos do mundo cantando liberdades em melodias enganadoras, disfarçadas de malquereres e são construídas com rosas brancas espinhosas.

Ser livre é caminhar dentro do meu pensamento e do meu eu. É poder construir, comunicar e caminhar sem ser condenada em correntes de ferro, maltratada, mutilada e assassinada por quem não sabe aceitar o que eu sou.

Nesta minha liberdade não posso exceder, nem machucar quem caminha ao meu lado. Há que caminhar com respeito mútuo, com todos que sejam diferentes de nós. Não posso dar asas à minha liberdade abusadora.

É tão simples sermos livres. Temos que descomplicar. Temos de aceitar, nem que isso nos custe algumas amarras de fios de lã.

Vamos ser livres como os pássaros? Voar sem magoar? Brilhar sem ofuscar?

O sabor da liberdade é o maior bem que o mundo nos pode dar.

E aprender este conceito é a lição mais nobre que devemos incutir dentro de nós.

Sejamos livres para caminharmos em união e paz.

 

Texto da autoria de: Maria Castanha

 

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