Gratidão...
"Sou muito grato às adversidades que apareceram na minha vida, pois elas me ensinaram a tolerância, a simpatia, o autocontrole, a perseverança e outras qualidades que, sem essas adversidades, eu jamais conheceria."
No nosso jardim
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"Sou muito grato às adversidades que apareceram na minha vida, pois elas me ensinaram a tolerância, a simpatia, o autocontrole, a perseverança e outras qualidades que, sem essas adversidades, eu jamais conheceria."
No nosso jardim
Na sequência da rubrica "Alimentos de A a Z", hoje, apresento-vos o sal.
Poucos são os produtos que têm uma história tão antiga e um papel tão importante na história do mundo. O sal é um deles e, embora hoje seja um produto quase insignificante, tempos houve em que era sinónimo de riqueza e poder.
Rico em sais minerais sem os quais não poderíamos viver, como o cloreto de sódio, a procura pelo sal terá começado no momento em que o Homem começou a desenvolver a agricultura e a pecuária, há cerca de 10 mil anos.
Ao domesticar e circunscrever os animais a espaços limitados, apercebeu-se de que estes procuravam para consumir fontes de sal. A observação desta procura instintiva levou à descoberta da importância deste produto para a sobrevivência das espécies.
Curioso por natureza, não foi preciso muito tempo para que o Homem também se apercebesse do efeito do sal sobre os elementos, nomeadamente na preservação dos alimentos, cuja validade de consumo aumentava substancialmente.
Tal constatação foi absolutamente disruptiva para a época permitindo que se pudesse armazenar alimentos, fazendo frente a tempos mais difíceis e, com isso, ganhar poder para negociar e, até subjugar, quem não tinha este produto.
Tornou-se assim, ao longo dos tempos, um produto extremamente valioso, passando a ser moeda de troca ou alvo de elevados impostos em diversas nações.
De tal forma que, sem os mesmos, hoje poderiam não existir, por exemplo, a Muralha da China ou a cidade de Veneza como a conhecemos actualmente, tão bela, imponente e artística - o que só foi possível por ter sido uma importante cidade portuária durante a Idade Média.
A importância do sal ficou ainda registada na história durante o Império Romano, quando os soldados eram pagos com rações - as Salarium Argentum - que deram origem à palavra salário...
O poder e valor atribuídos ao sal foram de tal ordem que este se tornou num símbolo de diversas religiões e o elemento de muitas superstições. E, se para alguns era símbolo de fertilidade, pureza ou saúde, para outros é um sinal de mau agouro.
Absurdo ou não, a verdade é que ainda hoje há quem atire sal para trás das costas como forma de afastar o azar e o mau-olhado, ou quem não passe um saleiro a alguém sem antes o pousar na mesa.
Como qualquer bem raro e valioso, ao longo dos séculos foi também a causa de muitas guerras e conflitos entre povos e nações.
Esteve presente na Guerra dos Cem Anos, no luxo da Corte de Versalhes e na Revolução Francesa, no domínio de Portugal sobre o Brasil e, até, na Independência da Índia em relação a Inglaterra, em 1948, entre muitos outros.
O seu constante valor deveu-se, essencialmente, à versatilidade da sua utilização e quantidade de benefícios proporcionados: tanto era um produto fundamental no processo de mumificação, como um desinfectante e curativo para feridas; tanto se tratava de um importantíssimo tempero da alimentação, como de um inestimável conservante de ingredientes.
E, embora de forma menos directa, sem sal também não existiriam o cloro e soda cáustica, fundamentais a muitas indústrias actuais; produtos sem os quais o acesso a água potável, o papel, a diversidade de tintas e vernizes, plásticos, medicamentos, fertilizantes, dinamite, entre muitos outros, seria difícil, para não dizer impossível.
A importância do sal manteve-se inalterável até começarem a surgir novas técnicas e/ou equipamentos de conservação como o vácuo, a pasteurização ou o frigorífico. E, depois, com a globalização dos mercados, generalizou-se o consumo do sal, dando lugar a uma nova era.
Hoje, com o aumento de doenças relacionadas em parte com o consumo de sal, e com as recomendações e advertências da Organização Mundial de Saúde e dos governos de todo o mundo para a necessidade de redução do consumo do sal, as pessoas estão mais conscientes dos riscos que o seu consumo elevado provoca na saúde.
Contudo, e apesar de tudo isto, continua a ser reconhecido como o segredo imprescindível que torna qualquer prato mais especial e delicioso...
Inimigo nº 1 da saúde dos portugueses. É assim que o Serviço Nacional de Saúde denomina o sal. E não é para menos. Os portugueses lideram os rankings de ingestão de sal, com cerca de 10g por dia, ou seja, o dobro da dose diária recomendada pela Organização Mundial da Saúde.
O problema é que uma alimentação tão bem temperada tem consequências sérias na saúde, como as doenças cardiovasculares e a hipertensão. Retirar o saleiro da mesa é a regra de ouro, mas como identificar os alimentos em que o sal se esconde?
Falar do impacto do sal na saúde é falar de hipertensão, um importante factor de risco de enfarte ou AVC. A pressão arterial é a força que permite a circulação, quando esta se encontra elevada de forma constante ocorre hipertensão.
Além dos antecedentes familiares, existem outros factores que aumentam o risco e sobre os quais pode agir, como a alimentação.
Uma dieta com excesso de sal leva à retenção de líquidos, aumento da pressão arterial e sobrecarga do sistema renal e circulatório. Por isso, não é exagero quando se alerta para os perigos do sal.
São muitos os alimentos que contêm um teor de sal acima do desejado. Convém não esquecer que este é também um conservante, usado até em refrigerantes, e confere mais sabor e textura, daí ser um ingrediente comum. Para além da charcutaria tradicional, o fiambre e as salsichas figuram na lista negra.
Outro grupo tendencialmente salgado é o pão e as bolachas. Segundo um estudo do Instituto Ricardo Jorge, “o consumo de 100g de um prato composto ou de um produto à base de cereais (pão/bolacha de água e sal) pode representar cerca de 30% da ingestão diária de sal”. Os cereais de pequeno-almoço, as conservas, snacks, pipocas e refeições pré-cozinhadas também podem ser ricos em sal.
A ingestão diária máxima de sal recomendada para um adulto é de 5g o que equivale a 2g de sódio, para prevenir a hipertensão. Evitar o sal de mesa é o primeiro passo, já que contém 30% de sódio. No supermercado este mineral pode aparecer sob várias designações para além de sal, como sódio, cloreto de sódio ou bicarbonato de sódio.
Preste atenção aos rótulos e evite os alimentos que têm mais do que 5% da dose diária recomendada ou mais e 1,5g de sal por 100g (0,6g de sódio), recomenda a Sociedade Portuguesa de Hipertensão.
Use e abuse das ervas aromáticas e tempere a carne ou peixe com azeite, alho, vinagre balsâmico ou vinho. Em vez de maionese ou mostarda aposte em molhos de iogurte aromatizado com limão, por exemplo. Marinar a carne é uma técnica que confere sabor sem necessitar de sal.
Atenção ao molho de soja, cujo teor em sal é elevado. No que toca à escolha de alimentos, opte pelos frescos e naturais, sem ingredientes como o sal adicionados. Prefira também adquirir pão com baixo teor de sal.
O verão convida a petiscos como os caracóis, as conquilhas e as amêijoas, três dos alimentos que contêm mais sal. Consumir 100g pode representar cerca 50% da ingestão diária de sal, alerta estudo do Instituto Ricardo Jorge. Moderação é aconselhada!
Sugestões de utilização:
Amêijoas à Bulhão Pato com limão
Amêijoas na cataplana à algarvia
Bolachas com cobertura de chocolate
Borrego com biscoito de canela e flor de sal
Douradas frescas ao sal com migas de tomate
https://www.medis.pt/mais-medis/dieta-e-nutricao/sabe-onde-se-escondem-os-perigos-do-sal/
https://www.salmarim.com/pt/sobre-sal/historia
https://www.salmarim.com/pt/flor-de-sal/beneficios
"Todas as grandes coisas são simples. E muitas podem ser expressas numa só palavra: liberdade; justiça; honra; dever; piedade; esperança."
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"Não se pode manter a paz pela força, mas sim pela concórdia."
No nosso jardim
"O que põe o mundo em movimento é a interacção das diferenças, suas atracções e repulsões; a vida é pluralidade, morte é uniformidade."
No nosso jardim
"A amizade é o conforto indescritível de nos sentirmos seguros com uma pessoa, sem ser preciso pesar o que se pensa nem medir o que se diz."
Na rua...
Na sequência da rubrica "Alimentos de A a Z", hoje, apresento-vos a romã.
A romã, cujo nome científico é Punica granatum, é uma infrutescência da família das Punicáceas, redonda, achatada, com um cálice em forma de coroa e uma casca grossa. O interior é composto por bagos comestíveis de cor vermelha e sabor agridoce e divide-se por finas películas. Originária do sul da Ásia, na Pérsia, foi levada pelos fenícios para os países mediterrânicos, de onde se difundiu para o continente americano, chegando ao Brasil pela mão dos portugueses. A nível mundial, os maiores produtores são o Afeganistão, o Irão, Israel, Brasil, EUA, Itália e Espanha, sendo esta o maior exportador europeu.
Em Portugal, a região do Algarve concentra cerca de 80% da área e 95% da produção total de romã do continente. A maioria da produção provém de árvores dispersas, em bordadura, sendo relativamente reduzido o número de pomares existentes. A área de cultura, que tem vindo a decrescer, é actualmente de 108 ha e a produção anual ronda as 400 toneladas.
As variedades mais frequentes são a Mollar, a De Elche, a Dejativa - de origem espanhola – e a Asseria. Esta última é uma variedade tradicional da região algarvia, precoce e caracterizada por bagos carnudos, vermelhos e de graínha pequena.
A romã é um fruto característico do início do Outono com grande simbolismo. São muitas as alusões a este fruto enquanto símbolo de longevidade, amor e poder terapêutico. Actualmente, ainda existe a tradição Grega de cortar uma romã durante o casamento como símbolo de fertilidade.
A época da romã inicia-se no final de Setembro e vai até inícios de Dezembro, pelo que estes serão os melhores meses para consumir este fruto.
Em termos nutricionais a romã é um fruto muito interessante. Apresenta uma enorme concentração de substâncias com propriedades antioxidantes, sendo rica em polifenóis (antocianinas e taninos), com um potencial antioxidante quase três vezes superior ao vinho tinto e chá verde. Estes compostos são importantes na protecção das células e podem ter papel importante na saúde cardiovascular e na prevenção de alguns tipos de cancro. A romã apresenta baixo valor energético, cerca de 50 kcal por 100g de parte edível de romã, sendo ainda fonte de fibra e rica em vitaminas e minerais, nomeadamente, carotenos, vitamina C, potássio e ferro.
Benefícios associados ao consumo
– Acção antimicrobiana: a romã é eficaz na eliminação de bactérias prejudiciais ao nosso organismo;
– Melhora a função cardíaca: vários estudos apontam que o sumo de romã ajuda a prevenir a formação das placas de gordura nas artérias;
– Acção anti-tumoral: a romã inibe o crescimento das células cancerígenas e aumenta a apoptose (morte celular) no cancro da mama, próstata e colon;
– Saúde óssea: alguma investigação refere que o sumo de romã diminui a perda óssea.
Como comprar, conservar e consumir
Na hora da compra, escolha as romãs limpas, com casca lisa e brilhante, sem cortes nem pisaduras e sem sinais de desidratação.
A romã é um fruto resistente que se mantém em boas condições durante bastante tempo. Conserva-se bem à temperatura ambiente até cinco dias mas, para prolongar o seu tempo útil de consumo, deve mantê-la no frio. Quando armazenada a baixas temperaturas (0ºC a 5ºC) pode mesmo permanecer sumarenta e saborosa durante meses. Dada a dureza da casca apresenta também uma elevada resistência ao transporte.
A romã pode ser consumida de diversas formas: em sumo, ao natural, em sobremesas ou como decoração de vários pratos. Pode utilizar-se ainda em saladas, gelados e compotas.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, o grupo da Roda dos Alimentos “Fruta” deverá contribuir para a nossa dieta com 3 a 5 porções diárias. Uma porção de romã corresponde em média a 1/3 do fruto.
Muitas vezes, a principal razão para o baixo consumo deste fruto reside na sua preparação, que pode ser um pouco complicada. No entanto, existem algumas técnicas que podem facilitar o processo:
Sugestões de utilização:
Beringelas com molho de iogurte e romã
Carpaccio de abacaxi com romã e mel de hortelã
Salada de dióspiro, romã e coentros
Salada de verdes com vinagrete de romã
Torricados queijo da Serra e romã
https://alimentacaosaudavel.dgs.pt/alimento/roma/
http://www.agrotec.pt/noticias/e-tempo-da-roma-beneficios-e-caracteristicas-do-fruto/
https://nutrimento.pt/noticias/roma-um-fruto-do-outono/
https://www.youtube.com/watch?v=R0RU6Unqodc
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https://saboreiaavida.nestle.pt/bem-estar/roma
https://ruralea.com/geleia-de-roma/
https://www.vidaativa.pt/receitas-com-roma/
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