A Liberdade de... Dyda
Qual é a cor?
As vezes gostava que fosse Rosa
Outras podiam ser Petúnias
Gosto de Peónias
Ainda de um ramos de Marias
Sorver uma gota de Orvalho
E do perfume a Cravo
Com o sol a colorir
Podia bem ser um belo Girassol
E na pressa de descobrir
A casca de um caracol
As pintas de uma Joaninha
As asas de uma Borboleta
Gargalhadas de Petizes...
E tudo o que nos deixasse Felizes
Liberdade é um pouco disto e daquilo
Em conta e medida certa
Se for muito abastada
Depressa se transforma em nada
Por lhe perdermos a conta
Liberdade é um pouco de tudo
Com respeito por nós e pelos outros
Liberdade é encher uma mão de areia e vê-la fugir por entre os dedos.
É encher uma mão em concha com água e ver o tempo que a conseguimos segurar.
Nada é nosso para sempre. Talvez isso seja a verdadeira cor da liberdade.
A cor do tudo
A cor em que num instante, é Nada
Se por momentos for verde e vermelha, então a liberdade será verde e vermelha.
Texto da autoria de: Dyda