A Liberdade de... Nala
Para quê falar de liberdade se vivemos num Mundo Livre e onde cada um pode fazer e dizer o que quiser. Será que faz sentido?
Claro que faz, e é por ver tanta importância na discussão deste tema que imediatamente disse um grande SIM à MJP quando ela me propôs a escrita deste post.
Temos liberdade, de certa forma, é um facto mas falamos dela como um dado adquirido e um super poder. E o problema começa exatamente aí…
Vemos a nossa liberdade como se ela nos desse a possibilidade de dizer tudo o que nos passa pela cabeça ou de fazer o que quisermos sem nos preocuparmos com os sentimentos daqueles que estão à nossa volta.
E como se, de repente, associássemos a liberdade a partilhar, criticar e julgar os outros em praça pública sem o mínimo remorso, com a cara destapada ou sob um perfil online anónimo. Afinal somos livres, não é?
No entanto cada vez acho que nos falta a liberdade a sério. Aquela liberdade que nos permite rir a bandeiras despregadas de nós próprios ou de poder dançar na chuva sem ser apontado por uns quantos dedos.
A liberdade de ser quem nós queremos, sem termos de prestar contas a ninguém, e ser felizes à nossa maneira…
E por fim começa a faltar-nos a liberdade suprema de expressarmos a nossa opinião sem sermos imediatamente criticados (quase crucificados em praça pública) pelos carrascos do politicamente correto e da opinião feita e que muitas vezes para pouco mais serve do que ter visualização nas diferentes redes sociais.
Lutemos de uma vez por todas pela liberdade de ser igual a nós próprios, de não ter medo da opinião alheia (mesmo sabendo que as pessoas têm sempre algo a dizer).
Procuremos a liberdade de sermos o que, como e quando quisermos. Desliguemos o facebook, o instagram e aproveitemos aquilo que temos de melhor: nós mesmos, com todos os defeitos e qualidades que nos compõem.
Que procuremos construir um modo de vida onde a liberdade seja o nosso motor e que nos transforme em melhores pessoas, melhores ouvintes e que aprendamos a partilhá-la com os outros. Que tenhamos a liberdade de sermos fiéis a nós próprios e de passarmos à frente quando algo nos incomoda ou a questão não nos interessa.
E, em jeito de honra aos soldados de Abril, só me resta dizer: “Viva a Liberdade!”
Aproveito o fim deste texto para agradecer este convite maravilhoso da MJP. Confesso que já há uns tempinhos ansiava por poder participar nesta sua rúbrica tão marcante.
É um prazer enorme colaborar com pessoas assim: dinâmicas e cheias de boas histórias para contar. Um grande obrigado!
Texto da autoria de: Nala