Cancro da pele: a importância da prevenção...
Para concluir esta série de post's, em que pretendi sensibilizar para a problemática do cancro cutâneo e da necessidade de uma exposição solar segura (com a devida protecção), hoje, alerto para a importância da prevenção.
A prevenção primária consiste na inibição do desenvolvimento da doença antes que esta ocorra e, no caso do cancro da pele, tal baseia-se principalmente em limitar a exposição à radiação ultravioleta (UV).
Existem diferentes tipos de exposição solar.
O primeiro consiste na exposição ocasional que ocorre ao ar livre, em dias ensolarados, quando vamos de viagem ou realizamos as nossas actividades do dia-a-dia.
O segundo é a exposição lúdica, que ocorre quando as pessoas desfrutam de momentos de lazer ou praticam actividades desportivas ao ar livre.
O terceiro tipo é a exposição laboral, que ocorre em pessoas que trabalham ao ar livre (agricultores, pescadores, salva-vidas, carteiros, pessoal de manutenção e construção civil, etc.)
Finalmente, o quarto tipo é a exposição solar intencional com o objectivo de obter uma pele bronzeada.
Os comportamentos de protecção face à excessiva exposição solar que promovem a prevenção primária recaem em três categorias principais: uso de protector solar, uso de vestuário (chapéus e roupas de protecção) e procurar a sombra.
O objectivo da prevenção secundária é identificar e detectar o cancro da pele nas suas fases iniciais, oferecendo assim a possibilidade de um melhor e mais eficaz tratamento, através do auto-exame, conhecendo os seus próprios factores de risco e consultando regularmente o dermatologista para um check-up à pele!
O papel do auto-exame no diagnóstico precoce do cancro da pele é muito importante. O cancro da pele é o mais comum de todos os cancros, e a sua incidência está a aumentar rapidamente. Também é o cancro mais facilmente curável, se diagnosticado e tratado precocemente. Porém, quando permitida a sua progressão, o cancro da pele pode originar alteração da imagem corporal (desfiguração) e até a morte, nomeadamente, no caso de melanoma.
Quem deve fazê-lo:
» Todas as pessoas devem fazer o auto-exame.
» As crianças devem observar os adultos a efectuar o auto-exame e podem ser treinadas, desde cedo, de modo a que possam fazê-lo por si próprias quando chegarem à adolescência.
» Pessoas com factores de risco para cancro da pele devem efectuar consultas anuais com um médico, de preferência um dermatologista. Isso, juntamente com o auto-exame a cada dois meses, é a melhor maneira de garantir o diagnóstico precoce do cancro da pele.
O que procurar:
Existem três tipos principais de cancro da pele que estão provavelmente relacionados com a exposição à radiação UV, seja por exposição directa ao sol, seja em solários: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. Porque cada um pode ter muitas aparências diferentes, é importante conhecer os sinais de alerta.
Os sinais de alerta:
» Um sinal na pele que aumenta de tamanho e aparece perolado, translúcido, de cor bege, castanho, preto ou multicolor
» Um nevo (sinal) congénito (“de nascença”) ou qualquer mancha castanha que muda de cor; aumenta de tamanho ou espessura; sofre mudanças na textura; é irregular no contorno; tem mais de 5 mm e/ou sofreu alterações recentemente
» Uma mancha ou ferida que continua a causar comichão, dor, forma crosta, sofre erosão ou sangra
» Uma ferida aberta que não cicatriza dentro de três semanas
Informação importante a reter:
Procure alterações na pele, de qualquer tipo.
Não ignore um sinal suspeito, simplesmente porque não dói.
O cancro da pele pode ser indolor, mas perigoso ao mesmo tempo.
Se notar qualquer alteração num sinal, sarda ou mancha existente ou se encontrar um novo que apresente algum dos sinais de alerta de cancro da pele, não perca tempo, consulte um médico imediatamente, de preferência um dermatologista.
Para mais informações, consulte: www.euromelanoma.org