Cancro: Garantir a qualidade de vida dos doentes, familiares e cuidadores…
A qualidade de vida é um conceito multidimensional, subjectivo e difícil de definir. No contexto da oncologia, a qualidade de vida tem sido descrita como a percepção individual de bem-estar, numa perspectiva global, onde se incluem as dimensões: física, psicológica, social e espiritual (Ferrel e Dow, 1997).
Sabemos, hoje, que:
» O cancro pode ter um impacto importante na saúde emocional, física e psíquica das pessoas e, os que sobrevivem a esta doença, correm o risco de ter uma qualidade de vida pior, durante vários anos, após o diagnóstico;
» É muito importante para os doentes, e para os seus cuidadores, falar sobre o cancro e manter as redes de apoio social;
» É fundamental capacitar os doentes com cancro e as suas famílias/cuidadores para ter um maior grau de controlo sobre as decisões que influenciam a sua saúde e bem-estar e para conservar a dignidade, em todas as fases do processo de doença.
Entender a magnitude do impacto emocional, mental e físico do cancro e saber enfrentá-lo, maximizará a qualidade de vida dos doentes, familiares e cuidadores.
Para que tal aconteça é necessário:
» Reduzir o estigma associado ao cancro e dissipar todos os mitos prejudiciais e as ideias erróneas sobre a doença;
» Melhorar o acesso a métodos de diagnóstico precisos, aos tratamentos multidisciplinares de qualidade, à reabilitação, aos serviços de cuidados paliativos e a medicamentos e tecnologias essenciais;
» Garantir o acesso universal aos serviços de tratamento da dor e controlo do sofrimento físico e psicológico;
» Capacitar as pessoas para maximizar a sua qualidade de vida;
» Fomentar o desenvolvimento de “movimentos”/ associações de cariz comunitário e serviços de saúde que promovam a qualidade de vida;
» Exigir aos nossos governantes a implementação de Cuidados Paliativos em rede.
A verdade é que… promover a qualidade de vida dos doentes, familiares e cuidadores é um dever de cada um de nós, enquanto cidadãos... e… está ao nosso alcance!