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Liberdade aos 42

Liberdade aos 42

15
Nov19

A Liberdade de... cheia


Uma das muitas queridas e lidas bloggers do nosso cantinho, franqueou-me as portas do seu espaço  “Liberdade aos 42”, para escrever sobre a liberdade.

Muito me honra o seu convite. Mas, a responsabilidade é muito grande, porque o tema é muito apaixonante.

Muito Obrigado!   

 

A liberdade

A liberdade é a mais fascinante flor

De tão delicada que é, muitas vezes, temos medo de a perder

De tão complexa que é, não a sabemos entender 

É uma faca de dois gumes: a minha liberdade acaba, onde a sua liberdade começa

Uma fronteira, cujo limite é difícil de ver

Vale a pena, tentarmos aprender a vivê-la

Porque, mesmo que pensemos, dela, tudo, saber

Gastamos a vida, sem a conseguir compreender

Para uns, uma coisa natural, para outros, ainda, inacessível

Ao ponto de não lhes ser permitido, uma licença de condução, obter

Para não desfiar o imenso rol de coisas que não podemos fazer

Por causa de vivermos em liberdade, ou por falta dela

Suponho que, depois da vida, é a coisa mais importante

Ao longo dos séculos, sempre, se lutou por ela

Houve, há, haverá, sempre, quem dê a vida por ela

Há alguém que tenha nascido, em liberdade, que saiba como era, sem ela?

Não! Não há ninguém que consiga imaginar, como era

É, por isso, que não sei falar dela, e, continuarei, todos os dias, a aprender a utilizá-la

Nasci e vivi anos, sem ela, sem poder dizer o que pensava, com medo de quem me escutava

No cinema, no teatro, nos livros, nos jornais não sabíamos o que tinha sido produzido

Porque tudo nos chegava, censurado, cortado, amputado, quando não era totalmente proibido

Quem tinha possibilidades ia ao estrangeiro ver as peças de teatro e os filmes, sem cortes

Principalmente, a Paris ou Londres

O primeiro filme, que vi, sem censura, só depois do 25 de Abril, foi: “ Último Tango em Paris”

Liberdade, minha amada, minha fada, minha eterna namorada, todos os dias, peço para nunca mais me faltares!

Agradeço a todos os que, tanto lutaram e aos que lutaram até à morte, para verem a liberdade

Mas, infelizmente, não tiveram a imensa alegria de a ver nascer.

 

Texto da autoria de: cheia

 

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