Desafio dos 50...
Já sabem o quanto gosto de fotografar (Natureza) e partilhar algumas das minhas fotos...
Ultimamente (desde meados de Junho) é, a observar esta paisagem (e rodeada de livros), que escrevo a maior parte dos textos que publico, aqui, no blog...
Ria de Alvor
É, mesmo, o Melhor de dois Mundos, os livros que AMO e que, sempre, me acompanharam ao longo da Vida, e a Ria de Alvor que, aprendi a AMAR, quando me mudei para o Barlavento, em 2012...
Serve, esta nota introdutória, como ponte, para escrever sobre emoções, evolução, aprendizagem... "maturidade"...
Encontrando-me à beirinha dos 43... mas, ainda, a alguma distância dos 50... quando a imsilva, autora do blog pessoas e coisas da vida me desafiou a escrever sobre o tema... hesitei... porque não me revejo em datas, em "marcos" ditados pelos números da idade...
Sempre associei "maturidade" a experiência de Vida e, nunca, a anos acumulados... recuso-me a aceitar que a Minha Vida seja "definida" por um (qualquer) número... já me senti mais velha (e muito mais nova) do que a idade, que os números insistiam em atribuir-me, dependendo da fase da Vida em que me encontrava, determinada pelas experiências que ia vivenciando.
A verdade é que, não gosto de celebrar o aniversário e, não é por me sentir mais velha ou sentir que estou em "contagem decrescente", é pelo, simples, facto de celebrar a Vida todos os dias... e não sentir, por isso, o dia do meu aniversário como uma data Especial, a merecer destaque...
Gosto de celebrar a simplicidade do quotidiano... os gestos singelos e banais, os sorrisos, os abraços, os pormenores (que passam despercebidos, ao comum dos mortais), a beleza que se dissipa e se renova a cada instante, a água que se agita ao sabor do vento, o suave aroma da brisa marítima, a Luz do Sol que ilumina e aquece... a subtileza dos instantes efémeros..
Não tenho, por isso, expectativas sobre o que serão os meus 50... vivo um dia de cada vez, grata por cada instante que me é concedido...
A Vida (não creio que, a idade) ensinou-me a ser menos impulsiva (menos reactiva), mais tolerante, a escolher as batalhas que quero travar, a alhear-me do que nada me acrescenta (e que, apenas, me desorienta e consome), a viver no presente, a reconhecer o meu tempo como o meu activo mais precioso e a usá-lo com critério e sabedoria, a dedicar-me a quem AMO e ao que AMO... a Viver de forma intensa e apaixonada, sem me preocupar com juízos alheios... a Ser Livre nas (minhas) escolhas e a respeitar Liberdades (e escolhas) alheias... a Saborear a Vida com a certeza de que, cada momento, é único, efémero e irrepetível...
E... basicamente, é isto que espero para o resto da Minha Vida... acrescentar Vida aos anos, muito mais do que, acrescentar anos à Vida...