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O Dia Mundial da Asma celebra-se, anualmente, na primeira terça-feira de Maio.
É organizado pela Global Iniciative for Asthma (GINA), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem como objectivo melhorar a prevenção da doença e o nível de consciencialização da população.
Trata-se de uma doença inflamatória crónica das vias respiratórias, com uma prevalência elevada (estimando-se que afecte mais de 300 milhões de pessoas, a nível mundial).
Caracteriza-se por diversos sintomas, de onde se destacam: pieira, tosse, falta de ar e opressão torácica.
Esta incapacidade respiratória é provocada pela inflamação (e consequente estreitamento) das vias respiratórias, em especial, os brônquios.
Os sintomas podem surgir, diversas vezes, ao longo do dia e podem agravar-se durante a prática de exercício físico ou durante a noite.
Embora não exista cura para a asma, é possível controlar a frequência e intensidade dos sintomas.
A primeira medida é evitar a exposição aos factores desencadeantes. Se não for suficiente, recomenda-se o uso de medicação, preferencialmente, por via inalatória.
Existem dois tipos de medicação para o controlo de asma: os medicamentos para alívio rápido dos sintomas e das crises de asma (broncodilatadores de curta duração) e medicamentos de acção preventiva, a longo prazo, que previnem o aparecimento de sintomas ou de crises, nomeadamente, os anti-inflamatórios.
A doença requer tratamento (a longo prazo) e, para muitas pessoas, implica a utilização de medicamentos preventivos para o resto da vida.
Em Portugal, à semelhança do que acontece nos países industrializados, constitui um importante problema de Saúde Pública, por ser a patologia crónica mais frequente, em todas as faixas etárias.
Com uma tendência de crescimento da sua incidência (número de novos casos) e prevalência (número total de casos), o custo económico da asma é considerável, quer em custos médios directos (consultas, internamentos e medicamentos), quer em custos indirectos (diminuição da qualidade de vida do doente asmático, absentismo e insucesso escolar e tempo de trabalho perdido).
Crê-se que a asma resulte de uma conjugação de factores genéticos (se um dos progenitores sofre de asma, o risco do filho ter a doença é de 25%; se ambos os progenitores sofrem da doença, o risco sobe para 50%) e ambientais.
Entre os factores desencadeantes, mais comuns, destacam-se os alergénios (ácaros domésticos, baratas, pólen, pêlo de animais e fungos) e diversos factores ambientais, como o fumo de tabaco (activo e passivo), a poluição atmosférica, irritantes químicos, exercício físico e alguns fármacos, nomeadamente, a aspirina.
Um dos principais problemas desta patologia é a falta de diagnóstico. Existem muitas crianças que sofrem da doença, sem que a mesma seja detectada precocemente, o que compromete o tratamento e, consequentemente, a qualidade de vida.