O Paraíso...
"Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria."
Jorge Luis Borges
Em casa
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"Sempre imaginei que o paraíso fosse uma espécie de livraria."
Jorge Luis Borges
Em casa
Existem pessoas que, por alguma razão (porque acredito que tudo tem um propósito), em algum momento, cruzam o nosso caminho e, quase por magia, se tornam Especiais (ainda que não as conheçamos pessoalmente)... uma dessas Pessoas é o José da Xã!
O José é um Ser Humano Extraordinário, humilde, genuíno, dono de um coração Gigante e Generoso e detentor de uma mente fervilhante de criatividade, características que me cativaram e o converteram num Amigo que Muito prezo e admiro (e que já tive o Enorme privilégio de conhecer pessoalmente).
O José sabe que Muito aprecio a sua veia criativa e a forma Maravilhosa como constrói as personagens que dão vida aos seus escritos, recheados de enredos, interessantes e empolgantes, que nos prendem da primeira à última palavra. Fiquei, por isso, Muito Feliz quando ele decidiu reunir muitos dos textos publicados no seu blogue e transformá-los num belíssimo livro impresso. Já conhecia todos os textos porque os havia lido aquando da publicação mas é Muito Bom tê-los reunidos e materializados neste elegante volume, enriquecido com o traço delicado da nossa Querida e talentosa Olga que, de forma magistral, dá cor à escrita:
Muito Obrigada, Querido José, por me agraciares com o Teu livro e, sobretudo, com a Tua Amizade!
Muito (e Bem) já se escreveu (aqui, aqui e aqui) sobre o evento.
Gostaria apenas de expressar o meu Enorme agradecimento aos mentores (Isabel, José e Olga) por todo o empenho, dedicação e tempo que investiram neste projecto e pela forma calorosa como me acolheram e trataram durante todo o dia.
Foi uma experiência memorável e muito gratificante.
Fui muito bom poder atribuir um rosto à escrita de vários parceiros de aventura, onde a empatia foi imediata, o que gerou um agradável convívio repleto de sorrisos e gargalhadas... um Excelente Presente de Natal!
Foto partilhada pelo José da Xã
"Um livro aberto é um cérebro que fala;
Fechado, um amigo que espera;
Esquecido, uma alma que perdoa;
Destruído, um coração que chora."
Rabindranath Tagore
Se te quiserem convencer de que é impossível, diz-lhes que impossível é ficares calado, impossível é não teres voz. Temos direito a viver. Acreditamos nessa certeza com todas as forças do nosso corpo e, mais ainda, com todas as forças da nossa vontade. Viver é um verbo enorme, longo. Acreditamos em todo o seu tamanho, não prescindimos de um único passo do seu/nosso caminho.
Sabemos bem que é inútil resmungar contra o ecrã do telejornal. O vidro não responde. Por isso, temos outros planos. Temos voz, tantas vozes; temos rosto, tantos rostos. As ruas hão-de receber-nos, serão pequenas para nós. Sabemos formar marés, correntes. Sabemos também que nunca nos foi oferecido nada. Cada conquista foi ganha milímetro a milímetro. Antes de estar à vista de toda a gente, prática e concreta, era sempre impossível, mas viver é acreditar. Temos direito à esperança. Esta vida pertence-nos.
Além disso, é magnífico estragar a festa aos poderosos. É divertido, saudável, faz bem à pele. Quando eles pensam que já nos distribuíram um lugar, que já está tudo decidido, que nos compraram com falinhas mansas e autocolantes, mostramos-lhes que sabemos gritar. Envergonhamo-los como as crianças de cinco anos envergonham os pais na fila do supermercado. Com a diferença grande de não sermos crianças de cinco anos e com a diferença imensa de eles não serem nossos pais porque os nossos pais, há quase quatro décadas atrás, tiveram de livrar-se dos pais deles. Ou, pelo menos, tentaram.
O único impossível é o que julgarmos que não somos capazes de construir. Temos mãos e um número sem fim de habilidades que podemos fazer com elas. Nenhum desses truques é deixá-las cair ao longo do corpo, guardá-las nos bolsos, estendê-las à caridade. Por isso, não vamos pedir, vamos exigir. Havemos de repetir as vezes que forem necessárias: temos direito a viver. Nunca duvidámos de que somos muito maiores do que o nosso currículo, o nosso tempo não é um contrato a prazo, não há recibos verdes capazes de contabilizar aquilo que valemos.
Vida, se nos estás a ouvir, sabe que caminhamos na tua direcção. A nossa liberdade cresce ao acreditarmos e nós crescemos com ela e tu, vida, cresces também. Se te quiserem convencer, vida, de que é impossível, diz-lhe que vamos todos em teu resgate, faremos o que for preciso e diz-lhes que impossível é negarem-te, camuflarem-te com números, diz-lhes que impossível é não teres voz.
José Luis Peixoto, in 'Abraço'
"A maior aventura de um ser humano é viajar,
E a maior viagem que alguém pode empreender
É para dentro de si mesmo.
E o modo mais emocionante de realizá-la é ler um livro,
Pois um livro revela que a vida é o maior de todos os livros,
Mas é pouco útil para quem não souber ler nas entrelinhas
E descobrir o que as palavras não disseram..."
Augusto Cury
Alguns dos meus fiéis companheiros de viagem...
O livro, "O Homem em Busca de um Sentido", do médico psiquiatra/psicoterapeuta (logoterapeuta, como gostava de ser reconhecido) Viktor Frankl, divide-se em duas partes. A primeira constitui uma narrativa autobiográfica, onde o autor relata a sua luta pela sobrevivência num campo de concentração, enquanto a segunta parte, teórica, pretende descrever de forma (muito) resumida (e simplificada) a sua doutrina terapêutica - a logoterapia.
Este livro acompanha-me há muitos anos e serviu de base à minha prática profissional em Cuidados Paliativos.
"Precisávamos de deixar de perguntar pelo sentido da vida e tinhamos, em vez disso, de pensar em nós mesmos como aqueles que estavam a ser questionados pela vida - em todas as horas de cada novo dia. A nossa resposta deve consistir, não em conversa e meditação, mas na ação e conduta corretas. A vida significa, em última instância, assumir a responsabilidade de encontrar a resposta adequada aos seus problemas e ultrapassar os desafios que constantemente apresenta a cada indivíduo."
Viktor Frankl, in "O Homem em Busca de um Sentido"
Porque, hoje, se assinala o Dia Mundial dos Cuidados Paliativos, não poderia deixar de recordar Dame Cicely Saunders, sua grande obreira (pioneira do movimento moderno dos Cuidados Paliativos).
Velai Comigo é um pequeno livro, que reune um conjunto de textos da autora, constituindo um importante documento histórico sobre a temática, onde são relatados, de forma fidedigna, os primórdios do movimento moderno dos Cuidados Paliativos.
"Velai comigo" significa mais do que ganhar competências. Significa transmitir aquilo que aprendemos e tentar compreender o sofrimento mental e a solidão. Significa também muita coisa que não pode ser entendida.
"Velai comigo" significa, simplesmente, e acima de tudo, "estar lá."
Dame Cicely Saunders
Bom dia Pessoas Lindas e Maravilhosas!
Alguns, de vós, sabem o quanto gosto de livros e que os considero AMIGOS... e... dos AMIGOS nunca desconfiamos, nem ousamos pensar que sejam capazes de nos induzir em erro... certo?!... pois bem, por acreditar, mesmo, no que acabei de escrever... por momentos, duvidei das minhas próprias certezas!!!... passo a explicar...
Sendo, eu, uma grande apreciadora de queijos (e ávida de conhecimento), decidi adquirir o livro Queijos do Mundo...
Eis que, por curiosidade, decidi começar, não pelo princípio mas, pela secção dedicada aos queijos portugueses e... deparei-me com um mapa em que é apresentado o queijo São Jorge DOP como produto da Madeira!!!...
(o pensamento que me ocorreu foi que se tratava de uma "gralha" na edição da imagem...)
De seguida, consultei a página referente à descrição do dito queijo e... a perplexidade/incredulidade tomou conta de mim!!!...
E... por momentos, fui invadida por uma dúvida avassaladora que abalou as minhas certezas, fazendo-me sentir vergonha pela minha ignorância!!!...
Só conseguia pensar: "como é possível eu não saber que, as origens deste maravilhoso queijo, que eu tanto aprecio, remontam à Madeira?!... mas que estranho nunca ter ouvido tal referência à Madeira e como foi possível perder tal tradição?!... porque foram as vacas substituídas por vinhas e bananeiras (porque, quando estive na Madeira, não me lembro de ter visto vacas mas, sim, vinhas e bananeiras)?!...
Tomada pela incerteza, que tal leitura me gerou, decidi ir pesquisar no site da DGADR e... respirei de alívio... afinal, as minhas certezas estavam "certas"!!!...
"A área geográfica de produção é restrita à ilha de São Jorge, no arquipélago dos Açores.
Já sem sombra de dúvida, decidi enviar um e-mail à Editora Civilização (responsável pela tradução e comercialização do livro em Portugal) a reportar o erro grosseiro identificado na publicação e... o e-mail veio devolvido:
"geral@civilizacaoeditora.pt (geral@civilizacaoeditora.pt)
Não foi possível entregar a sua mensagem. O Sistema de Nomes de Domínio (DNS) comunicou que o domínio do destinatário não existe."
Após nova pesquisa online, verifiquei que a Editora Civilização se encontra em processo de insolvência... redigi novo e-mail (agora, em inglês) e enviei à Editora DK (responsável pela produção do livro)... aguardo resposta...
Alguém conhece este livro?!... detectaram alguma outra imprecisão?!...
"O mundo tinha aquele cheiro da terra depois de chover e também o terrível cheiro das despedidas. Não gosto de despedidas porque elas têm esse cheiro de amizades que se transformam em recordações molhadas com bué de lágrimas. Não gosto de despedidas porque elas chegam dentro de mim como se fossem fantasmas mujimbeiros que dizem segredos do futuro que eu nunca pedi a ninguém para vir soprar no meu ouvido de criança."
"Nas despedidas acontece isso: a ternura toca a alegria, a alegria traz uma saudade quase triste, a saudade semeia lágrimas, e nós, crianças, não sabemos arrumar essas coisas dentro do nosso coração."
Ondjaki, in Os da minha rua
Muito Obrigada por tudo o que me proporcionaram ao longo dos últimos meses... vou ter muitas saudades vossas, Meus Queridos Livros... mas vou de coração cheio, grata por cada momento vivido, por cada emoção despertada...
À Mónica... Muito Obrigada pela confiança, pelo carinho, pelas conversas, pelos sorrisos e gargalhadas partilhadas, por ser a Pessoa Maravilhosa que é... até já!
Ria de Alvor
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