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Liberdade aos 42

Liberdade aos 42

10
Out19

Dia Mundial da Saúde Mental 2019


 

A World Federation for Mental Health (Federação Mundial de Saúde Mental) instituiu, em 1992, o Dia Mundial da Saúde Mental, com o objectivo de promover e ampliar o conhecimento público sobre Saúde Mental.

Com a celebração deste dia, pretende-se alertar a população para a importância da saúde mental, a nível global, e identificá-la como uma causa comum a todos os povos, ultrapassando barreiras nacionais, culturais, políticas ou socioeconómicas.

 

 

O tema escolhido para este ano é a prevenção do suicídio, dada a sua magnitude e globalidade.

O suicídio constitui um, sério e complexo, problema de Saúde Pública, que merece a atenção de todos os actores no campo da saúde mental, incluindo organizações científicas e profissionais, doentes e respectivas famílias. Merece atenção especial das autoridades nacionais de saúde, uma vez que é da sua responsabilidade a elaboração de políticas e directrizes, com vista à criação de estratégias de prevenção do suicídio e de promoção da saúde mental de todos os cidadãos. 

 

suicide-prevention-flyer.jpg

(para mais informações, clicar na imagem)

 

18
Jul19

O balanço...


Bom dia Pessoas Lindas e Maravilhosas!

Se bem se lembram, na segunda-feira, comuniquei-vos que pretendia dedicar, esta semana, à temática da Saúde Mental... e... (re)comecei a ler (muito) sobre o assunto (relatórios, artigos/estudos, testemunhos de doentes e de profissionais de saúde)... e, de facto, produzi conteúdos para uma semana (e muito mais!)... mas, chegada a meio da semana e, apesar de, ainda, só vos ter apresentado "generalidades", senti que a "coisa" se estava a tornar "densa"... ora... este, não é um blog sobre saúde (embora, também, se escreva sobre temas relacionados com a saúde), é um espaço que se quer (pelo menos, eu quero... e, convenhamos... quem manda, aqui, sou eu!!!) "leve" (sem ser superficial), por isso, decidi fazer uma pausa na abordagem desta, tão vasta, temática (prometendo regressar futuramente!).

Gostaria muito de agradecer (de coração) a todos quantos, por aqui, passaram e deixaram o vosso maravilhoso e generoso contributo, que muito enriqueceu o conteúdo publicado.

Para reflexão... deixo-vos esta frase:

 

"Se só sabemos ser nós mesmos em chinelas, então coloquemos os pés na terra antes que seja tarde e não saibamos mais a diferença entre a nossa pele e a sola do sapato."

Ana Arantes in A morte é um dia que vale a pena viver

 

Sejam Felizes...

Aproveitem a Vida...

Aprendam a tirar o melhor partido de cada acontecimento...

Amem-se e espalhem (o vosso) AMOR pelo Mundo!   

 

17
Jul19

A Perturbação Mental em números...


Perturbação Mental em Números1

 

No Mundo...

⭐ 12% das doenças, em todo o mundo, são do foro mental, valor que sobe para os 23% nos países desenvolvidos.

⭐ As perturbações por depressão são a terceira causa de carga global de doença (primeira nos países desenvolvidos), estimando-se que passem a ser a primeira causa, a nível mundial, em 2030.

⭐Cinco das dez principais causas de incapacidade e de dependência psicossocial são doenças neuropsiquiátricas: depressão (11,8%), problemas ligados ao álcool (3,3%), esquizofrenia (2,8%), perturbação bipolar (2,4%) e demência (1,6%).

⭐ 165 milhões de pessoas, na Europa, são afectadas por uma doença ou perturbação mental, anualmente.

⭐ Apenas um quarto dos doentes com perturbações mentais recebe tratamento e só 10% têm tratamento considerado adequado.

⭐ As doenças e as perturbações mentais tornaram-se, nos últimos anos, na principal causa de incapacidade e numa das principais causas de morbilidade nas sociedades.

 

SM_Mundo.jpg

Imagem: aqui

 

Em Portugal...

⭐ Mais de um quinto dos portugueses sofre de uma perturbação psiquiátrica (22,9%).

⭐ Portugal é o segundo país, da Europa, no que se refere à prevalência de doenças psiquiátricas, sendo apenas ultrapassado pela Irlanda do Norte (23,1%).

⭐ Entre as perturbações psiquiátricas, as perturbações de ansiedade são as que apresentam uma prevalência mais elevada (16,5%), seguidas pelas perturbações do humor, com uma prevalência de 7,9%.

⭐ As perturbações de controlo dos impulsos e as perturbações pelo abuso de substâncias registam taxas de prevalência inferiores,  3,5% e 1,6%, respetivamente. 

⭐ Cerca de 4% da população adulta apresenta uma perturbação mental grave, 11,6% uma perturbação de gravidade moderada e 7,3% uma perturbação de gravidade ligeira. 

⭐ As perturbações mentais e do comportamento representam 11,8% da carga global das doenças em Portugal, mais do que as doenças oncológicas (10,4%) e apenas ultrapassadas pelas doenças cérebro-cardiovasculares (13,7%).

 

SM_PTG.jpg

Imagem: aqui

1.Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental

 

16
Jul19

Perturbação Mental: sinais precoces e mitos associados...


Sinais precoces

Como identificar sinais precoces de perturbação mental:

Conhecer os sinais precoces que podem indiciar uma perturbação mental, conduz, habitualmente, à procura de ajuda médica mais cedo, o que pode contribuir para a redução da severidade dos sintomas ou, mesmo, retardar ou prevenir o desenvolvimento de uma perturbação mental.

Os sinais e/ou sintomas das perturbações mentais mais severas (tais como a esquizofrenia e a perturbação bipolar) raramente surgem de forma repentina.

A vergonha, o medo, a negação e outros sentimentos podem constituir entraves, para os doentes e/ou as famílias e amigos, no que se refere à procura de ajuda especializada. No entanto, actualmente, com a evolução das diferentes abordagens terapêuticas (farmacológicas e não farmacológicas), é possível ajudar e tratar de forma segura e eficaz.

  

Quais os sinais de "alerta"?

* Perda de interesse ou abandono do convívio com as pessoas habituais

* Alteração na maneira habitual de "funcionar" (na escola, no trabalho ou em casa)

* Problemas de concentração, memória, ou do pensamento lógico e da maneira de falar, difíceis de explicar

* Aumento da sensibilidade ao som, luz, cheiros e evitamento de locais barulhentos

* Falta de vontade ou desejo de participar nas actividades habituais, ou apatia

* Uma vaga sensação de estar desligado de si próprio e dos que os rodeiam (sensação de "irrealidade")

* Crenças pouco habituais ou exageradas acerca de poderes pessoais em compreender significados ou de mudar acontecimentos

* Medo ou desconfiança dos outros ou uma estranha sensação de se sentir nervoso

* Alterações graves no padrão de sono ou no apetite

* Alteração dos hábitos de higiene

* Oscilações grandes e bruscas nos sentimentos, ou nos níveis de energia

 

Mitos

Regra geral, as pessoas receiam falar sobre saúde mental, porque existem muitos mitos associados às doenças/perturbações mentais. É fundamental conhecer a realidade para combater a discriminação e a exclusão social.

1. Mito: Não há esperança para os “doentes mentais”

Realidade: Todos os dias surgem novos tratamentos e novas abordagens para combater a perturbação mental. A imagem do passado, do doente mental que não conseguia funcionar ou ser produtivo, já não é uma realidade. Actualmente, as pessoas com perturbação mental podem ser activas e produtivas.

2. Mito: As pessoas com doença mental são violentas

Realidade: A maioria das pessoas afectadas por perturbações mentais não é mais violenta do que a população, em geral. (É muito provável que conheça alguém, muito perto de si, que sofre de uma perturbação mental... e, provavelmente, nem se apercebeu).

3. Mito: As doenças mentais não me atingem

Realidade: As perturbações do foro mental são muito frequentes; podem atingir qualquer pessoa, independentemente da idade, etnia, religião, género, orientação sexual, personalidade, nacionalidade, condição económica e/ou social...

4. Mito: As doenças mentais surgem nas pessoas fracas de carácter

Realidade: Cada pessoa tem as suas características específicas e já foi amplamente demonstrado (cientificamente)  que as perturbações mentais têm origem multifactorial (variáveis genéticas, biológicas e psicológicas,  condições sociais adversas ou fatores ambientais).  Existem famílias com vários casos da mesma perturbação mental e há factores sociais que podem precipitar o aparecimento da perturbação, como, por exemplo, o desemprego de longa duração.

5. Mito: Os medicamentos são químicos e provocam dependência

Realidade: A evolução das Ciências da Saúde tem esmiuçado o conhecimento sobre o corpo humano e as alterações que as doenças provocam, assim como o desenvolvimento dos medicamentos para as tratar, tornando-os seguros e eficazes, aliados a terapias não farmacológicas. 

6. Mito: As psicoterapias e auto-ajuda são uma perda de tempo

Realidade: A psicoterapia é uma forma de terapia não farmacológica, realizada por técnicos com formação específica (psicólogos, psiquiatras). Muitas vezes são usadas em associação com o tratamento farmacológico.

 

15
Jul19

Sobre a Saúde Mental...


Bom dia Pessoas Lindas e Maravilhosas

Esta semana, por aqui, irá escrever-se sobre Saúde Mental (depois não digam que, eu, não avisei)...

De acordo com a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS), Saúde Mental é "o estado de bem-estar no qual o indivíduo tem consciência das suas capacidades, pode lidar com o stress habitual do dia-a-dia, trabalhar de forma produtiva e frutífera, e é capaz de contribuir para a comunidade em que se insere".

A doença mental engloba problemas de saúde mental e de tensão, comportamento condicionado por situações de ansiedade, sintomas e diagnóstico de perturbações mentais (Comissão Europeia, 2005), que se enquadrem na 10.ª revisão do International Statistical Classification of Diseases and Related Health Problems (ICD-10) (OMS, 2013).

A doença mental pode subdividir-se em cinco grandes grupos: perturbações mentais comuns, tais como, a depressão; perturbações mentais graves, como a esquizofrenia; distúrbios alimentares, como a anorexia nervosa; distúrbios de personalidade e demências, onde se inclui o Alzheimer (Petrea e McCulloch, 2013).

A doença mental, traduz-se, regra geral, por alterações de comportamento. É, sempre, de origem multifactorial, envolvendo variáveis genéticas, biológicas e psicológicas, podendo ser, também, determinada pelas condições sociais adversas ou outros fatores ambientais. Surge associada a sofrimento, incapacidade ou morbilidade, resultantes de alterações mentais, neurológicas ou uso de substâncias psicoactivas.

A doença mental pode afectar qualquer pessoa, independentemente da sua idade, género, condição social e/ou económica, raça/etnia, religião, orientação sexual, personalidade ou qualquer outro aspecto relacionado com a identidade cultural. Embora a doença se possa manifestar em qualquer idade, 75% das ocorrências, surgem no início da idade adulta. 

A generalidade das pessoas que é portadora de doença mental não gosta de falar sobre o assunto ou revelar que é doente, devido ao estigma associado a este tipo de patologia.

A forma como a sociedade, em geral, "olha" para estas pessoas conduz à sua marginalização e isolamento, aumentando, exponencialmente, o seu sofrimento.

É importante desmistificar a doença mental e reconhecê-la como condição médica (que é), a par de outras patologias como a diabetes ou a doença cardíaca.

É responsabilidade de cada um de nós, enquanto cidadãos, contribuir para o bem-estar destas pessoas (também eles, cidadãos de pleno direito), combatendo a discriminação e a exclusão social. 

 

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