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Liberdade aos 42

Liberdade aos 42

03
Jul19

Demência: Uma Prioridade de Saúde Pública?!...


 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera a Demência, uma prioridade de Saúde Pública, revelando que, a cada 4 segundos, é diagnosticado um novo caso de Demência.

Actualmente, cerca de 35,6 milhões de pessoas vivem com demência. Este número deverá duplicar até 2030 (65,7 milhões) e mais que triplicar em 2050 (115,4 milhões), mas a realidade continua a ser ignorada. Em Portugal, estima-se que, o número de pessoas afectado por esta patologia, ronde os 150.000. 

Cuidar de pessoas com demência requer um investimento financeiro (estatal) substancial, incluindo a prestação de cuidados de saúde e serviços sociais, assim como a redução ou perda de rendimentos dos doentes e dos seus cuidadores.

Muito poucos são os países, que têm um plano de actuação para as Demências. A OMS incita os governos, de todo o mundo, a desenvolverem um Plano Nacional para as Demências, com soluções e abordagens que impulsionem o diagnóstico precoce, sensibilizem a opinião pública para a doença, reduzam o estigma e proporcionem um melhor atendimento e mais apoio aos cuidadores.

Nesse sentido, há pouco mais de um ano, a 19 de Junho de 2018, foi publicado o Despacho 5988/2018  que, aprovou a "Estratégia da Saúde na Área das Demências e determina a constituição e a composição da Coordenação do Plano Nacional da Saúde para as Demências" (do qual se aguardam "resultados"). 

Cuidar de alguém com Demência constitui uma tarefa muito cansativa (física e emocionalmente) e uma enorme fonte de stress.

As famílias/cuidadores podem, facilmente, ver-se privados dos contactos sociais, sobretudo, se não tiverem possibilidade de deixar a pessoa de quem cuidam.

Os intervalos na prestação de cuidados proporcionam uma pausa necessária nas responsabilidades e exigências de cuidar de alguém com Demência, permitindo às famílias/cuidadores descansar, sair, trabalhar ou ir de férias.

Para muitas pessoas, fazer um interregno regular na prestação de cuidados permite “recarregar baterias” e evitar o desgaste. Do mesmo modo, proporciona ao doente uma oportunidade de socializar e conhecer outras pessoas.

Mas, muitas famílias/cuidadores têm muita dificuldade em fazer uma pausa na prestação de cuidados, sobretudo, porque:

»Colocam o seu bem-estar pessoal em último lugar

»Sentem que não merecem fazer o intervalo

»Desejam a pausa, mas a pessoa de quem cuidam não a quer

»Desconhecem os apoios disponíveis ou estão demasiado cansados para organizar o intervalo

»Sentem que toda a organização vai dar muito trabalho

»Acreditam que são responsáveis por prestar os cuidados à pessoa durante todo o tempo

Existem muitas formas de fazer um intervalo. Pode ser um tempo para o cuidador relaxar e “retemperar forças”, da forma que mais lhe agradar, afastado das rotinas habituais e/ou para o doente se divertir com experiências novas ou conhecidas, nos centros de dia, através da participação em actividades de grupo, cuja duração pode variar entre algumas horas e vários dias por semana.

Alguns centros disponibilizam, ainda, cuidados em horas extra, fins-de-semana e a possibilidade de pernoitar no centro. Outra forma de fazer um intervalo é contratar um cuidador formal que venha a casa. A prestação de cuidados (por cuidadores formais) também pode ser utilizada numa emergência, ou durante um período de tempo mais longo, num lar residencial.

É frequente as pessoas com Demência sentirem-se perturbadas em novos ambientes e junto de pessoas desconhecidas. Por esta razão, é importante planear o intervalo para que a experiência seja positiva, sendo aconselhável começar por intervalos de curta duração e aumentar progressivamente para períodos maiores. Pode ser útil falar com outras famílias/cuidadores no sentido de saber o que fizeram para tornar os serviços de prestação de cuidados numa experiência agradável e obter algumas ideias práticas para lidar com a situação.

É fundamental que todos os familiares/cuidadores cuidem de si próprios. Apesar de difícil, é importante manter um equilíbrio entre as suas próprias necessidades e as exigências diárias de cuidar de alguém com Demência. É essencial manter os contactos sociais, prestar mais atenção à dieta (alimentação) e exercício e organizar pausas regulares na prestação dos cuidados para não ficarem desgastados.

Muitas pessoas encontram apoio e ajuda através da participação em grupos de suporte que, aproximam as famílias/ cuidadores e amigos de pessoas com Demência, sob a orientação de um facilitador de grupo.

Pode encontrar mais informação no site da Associação Alzheimer Portugal:  http://alzheimerportugal.org/pt.

 

07
Mai19

Dia Mundial da Asma


DiaMundialAsma_site.jpgImagem (aqui)

 

O Dia Mundial da Asma celebra-se, anualmente, na primeira terça-feira de Maio.

É organizado pela Global Iniciative for Asthma (GINA), da Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem como objectivo melhorar a prevenção da doença e o nível de consciencialização da população.

Trata-se de uma doença inflamatória crónica das vias respiratórias, com uma prevalência elevada (estimando-se que afecte mais de 300 milhões de pessoas, a nível mundial)

Caracteriza-se por diversos sintomas, de onde se destacam: pieira, tosse, falta de ar e opressão torácica.

Esta incapacidade respiratória é provocada pela inflamação (e consequente  estreitamento) das vias respiratórias, em especial, os brônquios.

Os sintomas podem surgir, diversas vezes, ao longo do dia e podem agravar-se durante a prática de exercício físico ou durante a noite. 

Embora não exista cura para a asma, é possível controlar a frequência e intensidade dos sintomas.

A primeira medida é evitar a exposição aos factores desencadeantes. Se não for suficiente,  recomenda-se o uso de medicação, preferencialmente, por via inalatória.

Existem dois tipos de medicação para o controlo de asma: os medicamentos para alívio rápido dos sintomas e das crises de asma (broncodilatadores de curta duração) e medicamentos de acção preventiva, a longo prazo, que previnem o aparecimento de sintomas ou de crises, nomeadamente, os anti-inflamatórios. 

A doença requer tratamento (a longo prazo) e, para muitas pessoas, implica a utilização de medicamentos preventivos para o resto da vida. 

Em Portugal, à semelhança do que acontece nos países industrializados, constitui um importante problema de Saúde Pública, por ser a patologia crónica mais frequente, em todas as faixas etárias.

Com uma tendência de crescimento da sua incidência (número de novos casos) e prevalência (número total de casos), o custo económico da asma é considerável, quer em custos médios directos (consultas, internamentos e medicamentos), quer em custos indirectos (diminuição da qualidade de vida do doente asmático, absentismo e insucesso escolar e tempo de trabalho perdido).

Crê-se que a asma resulte de uma conjugação de factores genéticos (se um dos progenitores sofre de asma, o risco do filho ter a doença é de 25%; se ambos os progenitores sofrem da doença, o risco sobe para 50%)  e ambientais.

Entre os factores desencadeantes, mais comuns, destacam-se os alergénios (ácaros domésticos, baratas, pólen, pêlo de animais e fungos) e diversos factores ambientais, como o fumo de tabaco (activo e passivo), a poluição atmosférica, irritantes químicos, exercício físico e alguns fármacos, nomeadamente, a aspirina.

 
Um dos principais problemas desta patologia é a falta de diagnóstico. Existem muitas crianças que sofrem da doença, sem que a mesma seja detectada precocemente, o que compromete o tratamento e, consequentemente, a qualidade de vida.

 

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