A World Federation for Mental Health(Federação Mundial de Saúde Mental) instituiu, em 1992, o Dia Mundial da Saúde Mental, com o objectivo de promover e ampliar o conhecimento público sobre Saúde Mental.
Com a celebração deste dia, pretende-se alertar a população para a importância da saúde mental, a nível global, e identificá-la como uma causa comum a todos os povos, ultrapassando barreiras nacionais, culturais, políticas ou socioeconómicas.
O tema escolhido para este ano é a prevenção do suicídio, dada a sua magnitude e globalidade.
O suicídio constitui um, sério e complexo, problema de Saúde Pública, que merece a atenção de todos os actores no campo da saúde mental, incluindo organizações científicas e profissionais, doentes e respectivas famílias. Merece atenção especial das autoridades nacionais de saúde, uma vez que é da sua responsabilidade a elaboração de políticas e directrizes, com vista à criação de estratégias de prevenção do suicídio e de promoção da saúde mental de todos os cidadãos.
Hoje, 10 de Setembro, assinala-se o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio, instituído em 2003, pela IASP(e apoiado pela OMS). Pretende-se, com esta comemoração, disseminar informação, reduzir o estigma e sensibilizar governos, instituições, profissionais de saúde, comunidade escolar, forças de segurança e população, em geral, para esta problemática, que atinge proporções alarmantes e tantas vidas ceifa, anualmente, em todo o Mundo.
Os dados, das investigações mais recentes, dão conta que, a cada 40 segundos, uma pessoa comete suicídio (25 fazem tentativas falhadas e muitas outras manifestam ideação suicida), o que se traduz em 800 mil vidas perdidas, por ano, em todo o Mundo.
Apesar de, o suicídio, poder atingir qualquer pessoa, a faixa etária correspondente aos 15-29 anos, requer especial atenção (onde o suicídio constitui a segunda causa de morte) sendo, também, mais frequente em indivíduos do género masculino (excepto na faixa etária 15-19 anos). Em Portugal, o comportamento suicidário dos homens é três vezes superior ao das mulheres.
É importante alertar para o facto de se tratar de uma causa de morte prevenível/ evitável, para tal, é fundamental desfazer alguns mitos.
Ao contrário do que, muitas vezes, ouvimos dizer:
as ameaças não devem ser ignoradas ou consideradas "chamadas de atenção", devem ser "levadas a sério" e constituir sinais de alerta;
após uma tentativa falhada a pessoa não "aprendeu a lição", permanece em risco e precisa de acompanhamento especializado;
o suicídio, nem sempre, constuitui um acto de impulsividade, muitas pessoas falam da sua intenção antecipadamente;
apesar de se verificar uma forte correlação, nem sempre, quem comete suicídio sofre de perturbação mental;
é importante abordar o tema, de forma responsável e aconselhar as pessoas com ideação suicida a procurar ajuda especializada.
O suicídio é um fenómeno complexo e multifacetado que requer, por isso, uma abordagem multi e interdisciplinar.
Por outro lado, a Sociedade Portuguesa de Suicidologia, fundada em 2010, tem desempenhado um papel relevante no que concerne à discussão e formação multidisciplinar em torno desta temática.
Muito, ainda, há a fazer, nomeadamente, no que se refere à partilha de informação fidedigna e combate ao estigma...
Partilho um vídeo, disponível no Youtube, que me parece conter informação relevante e acessível, que merece ser difundida... peço-vos, no entanto, que ignorem o final do vídeo, no que se refere aos locais/contactos, dado tratar-se de um vídeo brasileiro...
Contactos úteis:
Centro SOS-Voz Amiga: ajuda na solidão, ansiedade, depressão e risco de suicídio Telef.: 21 354 45 45 - Diariamente das 16 às 24h Telef.: 91 280 26 69 - Diariamente das 16 às 24h Telef.: 96 352 46 60 - Diariamente das 16 às 24h
Linha Verde gratuita - 800 209 899 / Entre as 21.00 e as 24.00 horas website: www.sosvozamiga.org