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Liberdade aos 42

Liberdade aos 42

28
Jul20

Receita rápida para produzir um tirano...


Ingredientes:

  • indivíduo arrogante, incompetente, inseguro, com baixa auto-estima
  • poder q.b.

 

Preparação:

Adicionar poder (a gosto) ao indivíduo com as características supra citadas... et voilà!... um tirano express (não precisa de ir ao forno nem ao congelador)!!!

 

Não têm de agradecer... só vos peço que evitem, a todo o custo, reproduzir a receita!!!...

Muito Obrigada!

 

08
Ago19

E... de repente...


O dia amanhecera acinzentado, com o Sol, tímido, a espreitar sorrateiramente... a temperatura mantinha-se, contudo, acima do desejável... mas, afinal, estamos em pleno verão, no Algarve... (querias o quê?!...)

Sais de casa... 5 minutos depois, estacionas o carro e fazes o percurso habitual, a pé, sempre de olho nas gaivotas e nos pardais, nos barcos e na água cristalina, que ondula ao sabor da brisa... um cheiro a maresia invade-te as narinas... sorries... sentes-te grata por todas estas sensações... em Paz... pronta para mais um dia de trabalho...

 

RA-c.JPGRia de Alvor

 

E... de repente... o telemóvel toca... desconheces o número que aparece no ecrã, mas decides atender... do outro lado, uma voz "familiar"... e um convite desafiante (inesperadamete esperado)... "tocam-te" no ponto sensível: "criar", "fazer acontecer"... e descobres que, afinal, o "bichinho" continua vivo... que ainda gostas, que ainda queres (talvez a missão, ainda, não tenha terminado) ... mas, agora, de forma diferente, muito mais "madura", mais ponderada, "menos emotiva"... impões as tuas regras... as tuas condições.. já não será "a qualquer preço", de "qualquer jeito"... apercebes-te, então, que (pelo caminho, na pausa, na reflexão) aprendeste a valorizar-te e a respeitar-te... que o desejo, afinal, pode ser refreado, comedido, contido... sem, no entanto, ser abandonado, desvalorizado ou desvirtuado... "empurras" para 2020, porque 2019 é só "teu"... (será ao teu ritmo, do teu jeito...) mas "deixas a porta aberta"...

A conversa acaba e ficas a reflectir... sentes-te feliz, em Paz com as tuas escolhas... sorries...

Ergues o olhar e observas os cães que passam, acompanhados dos respectivos donos, e recordas um, em especial, "que te ficou na retina", lindo, do qual nem sabes o nome, mas não consegues esquecer a figura, o porte majestoso, o olhar... e voltas a sorrir...

Pegas no novo livro, que acabaste de escolher, e inicias a leitura... o tempo corre sereno e despreocupado, ao ritmo do teu pensamento, da tua vontade...

  

21
Jun19

Sobre o trabalho...


"Disseram-vos também que a vida é sem sentido e na vossa fadiga repetis o que dizem os cansados.

Mas eu digo-vos que a vida só não tem sentido onde não há entusiasmo. E todo o entusiasmo é cego, menos onde há sabedoria. E todo saber é vão, menos onde há trabalho; e todo o trabalho é vazio, menos onde há amor.

E o que é trabalhar com amor?

É tecer o pano com fios tirados do vosso coração, como se o vosso bem amado tivesse de usar esse tecido; é construir uma casa com afecto, como se o vosso bem amado viesse morar nela; é semear o grão com ternura e recolher com alegria, como se o vosso bem amado viesse a comer os frutos; é deixar no vosso trabalho um sopro do vosso espírito sabendo que todos os outros estão junto de vós em vigília.

Se não conseguirdes trabalhar com amor, mas apenas com aborrecimento, mais vale deixardes o trabalho e ficar sentados à porta do templo a pedir esmola dos que trabalham com alegria."

Khalil Gibran, in O Profeta

 

Ria de Alvor_1.JPGDa janela do trabalho...

 

12
Jun19

Burnout: algumas estratégias de prevenção...


Hoje... regresso a um tema que já abordei em dois post's (aqui e aqui), no blog: o burnout!

Lamentavelmente, é um problema muito sério e com grande impacto negativo na vida de muitos trabalhadores, o que lhe valeu a integração na lista de doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Partilho um artigo sobre o tema, que considero bastante pertinente e educativo...

Deixo, também, algumas notas sobre estratégias de prevenção do burnout...

Para prevenir eficazmente o burnout, além de dotar o trabalhador de estratégias para enfrentar determinadas situações da sua actividade laboral, é imprescindível actuar sobre as condições laborais e o ambiente de trabalho. Devem, assim, considerar-se três níveis de actuação (organizacional; interpessoal e individual).

 

1) Intervenções sobre o nível organizacional:

  • Programas de socialização antecipatória: facilitam o desenvolvimento de estratégias individuais para enfrentar as expectativas irreais que os profissionais têm sobre a profissão. Questionam-se os ideais e analisam-se as divergências de como se realizam as tarefas no trabalho e como deveriam realizar-se.
  • Programas de retro-informação: mediante aplicação de questionários de satisfação, aos utilizadores dos serviços, obtém-se informação sobre a actividade e o serviço que os profissionais oferecem.
  • Desenvolvimento organizacional: o objectivo é melhorar os processos de renovação e a resolução de problemas das organizações.

 

2) Intervenções sobre o sistema interpessoal:

burnout tem a sua origem na deterioração das relações interpessoais dos profissionais que integram uma equipa de trabalho, assim como na relação dos profissionais com os utilizadores dos serviços. Pines (1983) descreve diferentes formas de oferecer apoio social no trabalho, nomeadamente:

  • Escutar a pessoa, de forma activa, mas sem emitir conselhos ou juízos de valor.
  • Dar apoio técnico, recorrendo a peritos que informem o trabalhador de como realizar o seu trabalho.
  • Estimular os profissionais a identificar necessidades e desafios, promovendo a criatividade e envolvimento no trabalho, com a ajuda de outros profissionais peritos.
  • Apoio emocional aos trabalhadores.

 

3) Intervenções sobre o indivíduo:

  • Treino de resolução de problemas.

Pretende ajudar os profissionais a resolver problemas e melhorar a sua tomada de decisão. Facilita o reconhecimento e a identificação do problema, assim como a resposta impulsiva perante o mesmo. Apresentam-se diferentes alternativas de resposta face ao problema e propõem-se formas para escolher a resposta mais adequada e verificar a sua adequação.

  • Treino da gestão eficaz do tempo.
  • Melhoria de habilidades sociais, de comunicação e de gestão de emoções.
  • Adopção de estilos de vida que favoreçam um distanciamento mental do trabalho em horário extra-laboral, como praticar desporto, recorrer a técnicas redutoras da ansiedade (hipnose, ioga, meditação).
  • Tornar os objectivos explícitos, reais e exequíveis.
  • Técnicas cognitivo-comportamentais.

O objectivo destas técnicas visa ajudar o profissional a alcançar um alívio dos sintomas de stress, mediante reestruturação dos pensamentos, enfrentamento do stress, terapia relacional-emotiva, afirmação encoberta, teste comportamental.

 

06
Jun19

Factores geradores de stress...


A sensação (real ou potencial) de incapacidade para responder, adequadamente, às exigências do quotidiano gera-nos stress.

Existem, contudo, acontecimentos marcantes que constituem fontes de stress, evidentes, como: o desemprego, a perda de um familiar, o divórcio, uma doença grave ou a mudança de residência.

Outros, aparentemente, menos problemáticos, também podem causar grande perturbação.

Os especialistas identificam, nomeadamente, a denominada “fobia social”. Quem sofre desta patologia manifesta uma ansiedade intensa e debilitante de cada vez que tem de se expor publicamente. Existem relatos de casos extremos, em que a pessoa se revela incapaz de passar um cheque ou de comer em locais públicos.

As próprias férias, cuja finalidade é descansar e esquecer os problemas diários, podem converter-se num factor desencadeante de stress. Especialmente quando, após uma viagem longa e cansativa, se constata que a realidade está muito aquém das promessas do folheto publicitário e do preço pago.

A “bagagem emocional” que transportamos quando vamos de férias também poderá contribuir para aumentar o stress. Um exemplo concreto reside no facto de, algumas pessoas, se sentirem obrigadas a relaxar a todo o custo, apesar de se tratar de algo que não se deve fazer por obrigação.

Sumariamente, podemos enumerar seis tipos de situações que fazem disparar o stress:

  • Actividades difíceis de conciliar (uma mulher que tem de aliar as exigências do emprego às responsabilidades familiares);
  • Conflitos internos (imagine que trabalha para uma empresa que, na sua opinião, se orienta por critérios de ética duvidosa ou que tem de agir de uma forma que vai contra os seus princípios);
  • Acontecimentos excepcionais (mudar de emprego ou de local de residência pode gerar ansiedade e incerteza face ao futuro);
  • Acontecimentos imprevisíveis (resultado de exames médicos ou mudanças drásticas na sua empresa);
  • Perda importante (desemprego, divórcio, morte de alguém próximo);
  • Frustração (não obter uma promoção muito ansiada e merecida ou ser obrigado a faltar a um compromisso importante por causa do trânsito).

As seis situações supracitadas apresentam uma característica importante em comum: não as controlamos.

Efectivamente, a sensação de controlo, perante as diversas situações, constitui uma arma poderosíssima na luta contra o stress. Parece representar, inclusive, a principal diferença entre as pessoas que tentam enfrentar os seus problemas e as que se sentem desamparadas.

As pessoas que sentem ter mais controlo das situações (controlo interno), tendem a encarar os desafios com optimismo, mobilizando os seus recursos de forma mais eficiente. As que pensam que não controlam as circunstâncias e que, pelo contrário, dependem de factores externos, estão sujeitas a um stress mais grave, com efeitos negativos na saúde, a longo prazo.

A rotina, o tédio, a desmotivação e o trabalho mal remunerado podem causar stress crónico.

Numa empresa, os indivíduos, tendencialmente, mais expostos ao stress são os que trabalham mais horas, os que auferem baixos salários e os que têm menos controlo sobre as tarefas que desempenham.

Produzir cada vez mais, em menos tempo, é outro factor de stress. A conjuntura económica actual (e a falta de escrúpulos de muitos patrões) faz com que se exija cada vez mais aos trabalhadores, explorando o receio que estes têm de ser despedidos.

 

24
Abr19

Síndrome de burnout e suas consequências...


Hoje, regresso a um tema que já abordei, aqui, no blog: o burnout

“O burnout é um esgotamento físico e mental que está ligado ao exercício da profissão em condições físicas, emocionais, cognitivas e comportamentais desgastantes e acima da capacidade da pessoa lidar com elas", explica a psiquiatra Maria Antónia Frasquilho”, in Observador.

“Há três características que definem a síndroma de burnout: a despersonalização (quando a pessoa começa a ser insensível, cínica ou indiferente em relação aos problemas e aos sentimentos dos outros); a sensação de baixa auto-eficácia (que leva a insatisfação e a um sentimento de incompetência) e a exaustão emocional. "Quer dizer que aquilo que eu sempre gostei de fazer, agora massacra-me, cansa -me", explica o psicólogo clínico David Barreira, in Sábado

Trata-se de um quadro clínico complexo, que apresenta um desenvolvimento contínuo e flutuante, no tempo, em que se podem observar três fases [1ª fase: stress psicossocial, em que se produz um desequilíbrio entre as exigências e os recursos; 2ª fase: situação de tensão psico-fisiológica; 3ª fase: alterações de comportamento].

As consequências são múltiplas e variadas e não afectam, apenas, o trabalhador que sofre, mas também a sua rede de contactos (família, amigos) e a organização onde este desenvolve a sua actividade profissional.

 

Consequências para o profissional:

  • Físicas: cansaço; perda de apetite; mal-estar geral; problemas osteo-articulares (dores lombares; dores cervicais; contracturas musculares); alterações imunológicas (aumento das infecções; alergias; problemas dermatológicos); problemas cardíacos (palpitações; dor pré-cordial; hipertensão arterial); problemas respiratórios (catarro frequente; crises de taquipneia; crises asmáticas); problemas digestivos (gastrite; úlcera duodenal; náuseas; diarreia); alterações do sistema nervoso (enxaquecas; perturbações do sono, sobretudo, insónia; sensação de vertigem); problemas sexuais (impotência; ausência de ejaculação; vaginismo); alterações hormonais (transtornos menstruais, nas mulheres).

 

  • Emocionais: esgotamento; sentimento de vazio e fracasso; baixa tolerância à frustração; sensação de impotência perante os problemas; nervosismo; inquietação; dificuldade de concentração (esquecimentos frequentes, falta de atenção e memória); tristeza com tendência a depressão; falta de compromisso laboral; escassa ou nula realização pessoal; baixa auto-estima; despersonalização.

 

  • Comportamentais: comportamentos aditivos (tabaco; álcool; medicamentos), irritabilidade; mudanças bruscas de humor; hostilidade; isolamento; agressividade; cinismo; problemas conjugais; falta de eficácia; diminuição da capacidade para tomar decisões; menor rendimento e absentismo laboral.

 

Consequências familiares e pessoais: deterioração da vida conjugal e familiar; isolamento, com consequente deterioração das relações sociais.

Consequências para a entidade empregadora: conflitos com outros profissionais; ineficácia na actividade diária; diminuição da qualidade dos serviços prestados; mudanças recorrentes de posto de trabalho; absentismo laboral; acidentes de trabalho.

 

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