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Liberdade aos 42

Liberdade aos 42

25
Nov24

Dia Internacional pela eliminação da violência contra as Mulheres!


Em 1993, a Assembleia-Geral das Nações Unidas adoptou a Resolução 48/104 pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, que define este tipo de violência como qualquer acto de violência com base no género que resulte, ou que possa resultar, em dano ou sofrimento físico, sexual ou psicológico para a mulher, incluindo ameaças de actos dessa natureza, coação ou privação de liberdade, quer esta ocorra na vida pública ou privada. Seis anos depois, a Assembleia-Geral das Nações Unidas proclama o dia 25 de Novembro como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres.

À semelhança de outros anos, a ONU assinala este dia com uma campanha de 16 dias de activismo contra a violência de género, este ano subordinado ao tema “UNiTE! Invest to Prevent Violence against Women & Girls”, que tem início a 25 de Novembro e termina a 10 Dezembro, data em que se comemora o Dia Internacional dos Direitos Humanos. Esta campanha pretende unir governos, instituições e cidadãos no esforço conjunto necessário à prevenção e eliminação da violência contra mulheres e raparigas.

"This year, during the 16 Days of Activism, from 25 November to 10 December, UNiTE is drawing attention to the alarming escalation of violence against women under the theme, “Every 10 Minutes, a woman is killed. #NoExcuse. UNiTE to End Violence against Women”."

Mais informação aqui.

16_days_2024_thumbnail.png

 

 

 

15
Jun21

Dia Mundial de Sensibilização para o Combate à Violência contra as Pessoas Idosas!


diaidofb.jpg

 

Através da Resolução 66/127, em 19 de dezembro de 2011, a Assembleia Geral das Nações Unidas designou o dia 15 de junho como Dia Mundial de Sensibilização para o Combate à Violência contra as Pessoas Idosas.

 

dar_voz_5.png

 

O silêncio tem voz é uma campanha de sensibilização contra a violência sobre as pessoas idosas, organizada pela Comissão de Proteção ao Idoso, que irá decorrer nas escolas, envolvendo professores e alunos. 

 

15
Mar19

Acerca da violência...


A violência das palavras, dos actos e da não acção (comodismo, conformismo, alheamento, alienação)

A violência não se combate com mais violência!

Muitos de vós estarão, neste momento, a pensar que se trata de uma frase feita e que não passa de puro lirismo.

Mas, a verdade é que, se reflectirmos um pouco, cada um de nós, poderá identificar, facilmente, pelo menos uma situação, do seu quotidiano, em que uma reacção violenta a uma acção violenta, não só, não sanou o conflito como serviu para o ampliar e intensificar. Verdade?!...

Para não ter de ser combatida… a violência deveria ser prevenida…

A prevenção deveria fazer-se através da educação (desde a mais tenra idade), do diálogo, da tolerância, da aceitação das diferenças…

Creio que, como (quase) tudo na vida, a violência é uma escolha...

Então... façamos, TODOS, uma escolha positiva: a não violência!

 

26
Fev19

"Órfãos de idade"


Há cerca de 6 anos, a TVI emitiu uma reportagem intitulada “órfãos de idade”, da autoria da jornalista Alexandra Borges, que retratava a triste e humilhante situação em que se encontravam muitos idosos residentes em “lares” clandestinos que proliferam, sem qualquer controlo, pelo país fora. 

 

Hoje será apresentado o livro "Maus-Tratos a Pessoas Idosas", que reúne trabalho de vários autores e inclui vários temas (a tipologia dos maus tratos, estratégias de prevenção, detecção e intervenção, violência em contexto familiar e institucional, envelhecimento das pessoas com deficiência até ao suicídio nos mais idosos).

 

O tempo passa e, infelizmente, o fenómeno perdura...

 

O contexto actual, caracterizado por uma evidente fragilidade económica, que abrange várias franjas da sociedade, onde muitas famílias sobrevivem no limiar da pobreza, associado a uma profunda crise de valores, em que a importância atribuída aos bens materiais prevalece sobre o valor intrínseco do capital humano, potencia e amplia as situações de abandono e negligência.

 

A maioria dos idosos aufere pensões de miséria que os impede de viver condignamente e lhes restringe o acesso a cuidados de saúde e a bens essenciais. Muitos não têm qualquer suporte familiar, outros têm família que, apesar de demonstrar interesse e preocupação em lhes proporcionar bem-estar, se revela incapaz para lhes prestar os cuidados que eles necessitam e merecem, outros, ainda, têm famílias negligentes e criminosas que os maltratam (impunemente), que os mantêm subjugados e prisioneiros no seu próprio lar ou os abandonam em instituições de saúde.

 

Infelizmente, para muitos, o velho é aquela peça de mobiliário que passou de moda, que já não encaixa na decoração, por isso é colocado no “depósito”, que é o espelho de muitos lares, sobretudo os clandestinos, que florescem pelo país fora com a conivência dos familiares que, muitas vezes, se vêem obrigados a recorrer a estas “instituições” por falta de alternativa (longas listas de espera nas misericórdias ou carência económica que os impossibilita de aceder a lugares condignos) ou, pura e simplesmente, porque se querem livrar, a qualquer custo, do “estorvo” que têm lá em casa.

 

A intervenção da Segurança Social também deixa muito a desejar, resumindo-se, na maioria das vezes, a “acções de show off” que não dão resposta efectiva às necessidades das pessoas. Encerrar o lar, por si, só não resolve o problema, é preciso assegurar que os idosos são alojados em locais condignos com apoio adequado às suas necessidades. Infelizmente, o que acontece, inúmeras vezes, é que o idoso é entregue à família que não pode ou não quer cuidá-lo e que o abandona, de imediato, numa instituição de saúde.

 

Muitos idosos são condenados a uma morte (lenta e penosa) ainda em vida, votados ao esquecimento e ao abandono, sofrendo maus tratos psicológicos e, até mesmo, agressões físicas.

 

Os idosos são considerados improdutivos e consumidores de recursos, não constituindo, por isso, um valor acrescentado para a sociedade. A visão redutora e negativa do papel do idoso na sociedade parece encontrar fundamento e substrato no facto de se considerar uma pessoa com 50 anos demasiado velha para trabalhar (poucos são aqueles que ousam contratar um desempregado com idade superior a 50 anos).

 

Todos nós, certamente, ao longo do nosso percurso de vida, já tivemos conhecimento de alguma situação de maus-tratos a idosos, nomeadamente, revestida sob a forma de abandono, violência verbal ou, até mesmo, física… mas, quantos de nós, fingiram não perceber, decidiram ignorar, preferiram não se envolver, alegando que “isto não me diz respeito”, “trata-se de um problema cuja resolução não depende de mim”… a verdade é que, esta é uma situação que, diz respeito a TODOS nós, enquanto cidadãos e, por isso, temos a obrigação e o dever moral de nos envolver e pugnar para que esta cruel realidade se altere profundamente, restituindo aos idosos o direito inalienável a serem tratados como PESSOAS, com respeito, dignidade e humanismo, comportamento expectável de um país que se afirma democrático e tolerante, subscritor da Declaração Universal dos Direitos Humanos.

 

Compete ao governo implementar políticas efectivas de protecção social às pessoas idosas.

 

É função das escolas educar as gerações mais jovens, promovendo a tolerância e o respeito pelos idosos e o reconhecimento da mais-valia que o seu saber acumulado representa.

 

Também os profissionais de saúde têm um papel importante a desempenhar que consiste em educar/informar sobre o processo de envelhecimento, explicando às famílias que é um acontecimento natural e expectável, de evolução gradual, associado a dependência funcional e a declínio cognitivo, onde podem surgir, com alguma frequência, alterações comportamentais com marcado egocentrismo.

 

É preciso consciencializar a sociedade de que a evolução natural do ciclo vital culmina na velhice e que o envelhecimento é um fenómeno que atinge todas as pessoas (exceptuando as que morrem prematuramente devido a doença, acidente, etc.).

 

Uma sociedade que não respeita e não trata os seus velhos com dignidade e humanismo é uma sociedade desprovida de valores, uma sociedade sem futuro, condenada à “extinção”…

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