Regra geral, quando saio de casa para ir caminhar à beira-mar faço, sempre, o mesmo percurso...

Mas a viagem nunca é igual...

Muitas vezes, absorta nos meus pensamentos, percorro o caminho de forma automatizada, como se andasse de olhos fechados, e nada vislumbro...

Outras vezes, focada no momento presente, reparo nos pormenores singulares das pequenas flores na beira da estrada, nos insectos, nas aves que se digladiam pela melhor semente ou pelo insecto mais suculento...

Chegada à praia, nunca há dois olhares iguais... o Mar encarrega-se de moldar a areia a seu bel-prazer...

Sento-me na areia e observo a água do Mar, que ondula ao ritmo da corrente...

as aves nos seus fluxos migratórios...

as nuvens que se movem, no céu, ao sabor do vento...

Deixo que os meus pensamentos voem para (bem) longe, livres... viajo...